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Obra em terreno de adutora no Rio teve passagem de maquinário pesado, diz delegada

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

31/07/2013 16h49

A delegada Tatiane Damaris, da 35ª DP (Campo Grande), afirmou nesta quarta-feira (31) que está praticamente descartada a responsabilidade da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto) no rompimento de uma adutora na estrada do Mendanha, zona oeste do Rio de Janeiro, que causou a morte de uma menina de três anos e deixou 16 pessoas feridas.

Segundo Tatiane, a perícia feita no local constatou que, durante obras da empresa Guaracamp no terreno que passa por cima da adutora, houve passagem de maquinário pesado e acúmulo de entulho que podem ter favorecido o rompimento.

 “Na plantas [do terreno] há sinalização da presença da adutora. Não tem por que passar por cima com material pesado”, disse a delegada em entrevista coletiva nesta tarde. Os responsáveis pela empresa foram chamados a depor hoje, mas não compareceram à delegacia. Doze moradores foram ouvidos nesta quarta.

Após a entrevista, a delegada voltou ao local do acidente com um engenheiro para realizar nova pericia. Ela pretende ouvir os responsáveis pela obra na quinta-feira (1º) –representantes da Guaracamp e da RG Projetos.

Se constatada a responsabilidade das empresas, pode haver indiciamento por homicídio culposo (sem intenção de matar). Procurada pelo UOL, a Guaracamp disse não ter nada a declarar sobre o caso.