Governo do Rio vai cobrar prejuízo com conserto de adutora rompida de construtora
A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) do Rio de Janeiro informou que vai cobrar da empresa responsável pelas obras da Transcarioca o prejuízo causado nesta quarta-feira (31) com o rompimento de uma adutora na avenida Vicente de Carvalho, no bairro de mesmo nome, na zona norte da capital.
Uma retroescavadeira usada na obra atingiu a tubulação subterrânea durante a madrugada.
No início da tarde, os bairros de Vicente de Carvalho, Brás de Pina, Penha Circular, Irajá e Vista Alegre (todos na zona norte) permaneciam com o abastecimento de água afetado.
O volume de água que chega às torneiras desses bairros é reduzido, explica a Cedae.
A empresa estima que o conserto seja concluído no fim da tarde desta quarta. Somente após essa conclusão, a Cedae saberá informar o valor dos reparos a serem repassados para a construtora Andrade Gutierrez.
Embora de dimensões menores do que o rompimento da adutora em Campo Grande (zona oeste), na terça-feira (30) o vazamento alagou terrenos e ruas próximos à obra da Transcarioca.
O trânsito na via ficou interditado até aproximadamente 10h20, quando foi liberado pela CET-Rio (Central de Engenharia de Tráfego).
Por meio de nota, a Andrade Gutierrez informou que trabalha em parceria com a Cedae para minimizar os impactos do rompimento da tubulação.
De acordo com a nota, a empresa diz que as duas empresas trabalham em cooperação para evitar acidentes, já que a obra da Transcarioca é responsável por uma intervenção de cerca de 30 km em toda a cidade.
A Andrade Gutierrez também diz que vai reforçar suas ações para prevenir novos incidentes.
"Coisa pequena"
Pela manhã, o presidente da Cedae, Wagner Victer, disse que o vazamento de água em Vicente de Carvalho "não é nada impactante", apesar do alagamento de áreas muito utilizadas pela população local.
"É uma coisa muito pequena em relação à área. É coisa pontual", disse ele em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da Rede Globo.
Na terça o rompimento de uma adutora na altura do número 4.500 da estrada do Mendanha, em Campo Grande, matou uma criança e feriu pelo menos 16 pessoas.
A força da água fez com que 17 casas desabassem, segundo balanço de técnicos da Defesa Civil que trabalham no local do acidente.
Outras 16 residências foram atingidas parcialmente. Pelo menos 72 pessoas ficaram desabrigadas e 70, desalojadas.
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