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Ex-bancário é condenado a pagar indenização a vítima que estuprou em Belo Horizonte

Mayer foi reconhecido por vítima 11 anos depois do crime em Belo Horizonte - Diculgação
Mayer foi reconhecido por vítima 11 anos depois do crime em Belo Horizonte Imagem: Diculgação

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

12/08/2013 19h26

A Justiça de Minas Gerais determinou que o ex-bancário Pedro Meyer Guimarães, 57, que ficou conhecido como o “maníaco do Anchieta”, pague uma indenização por danos morais de R$ 100 mil a uma mulher que o acusou de estupro quando ela tinha 11 anos. Por ter sido considerado culpado pelo crime, o homem foi condenado, na semana passada, a 13 anos e quatro meses de prisão em regime fechado.

A indenização foi determinada pelo juiz Alexandre Cardoso Bandeira, da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, que foi também o responsável pela sentença de condenação pelo estupro. O magistrado destacou que uma eventual reparação financeira por danos materiais deverá ser requerida em uma posterior ação cível.

Segundo a assessoria do T¨J_MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o magistrado considerou que o ato “covarde” do réu impôs à vítima “consequências gravíssimas, desestruturando a sua vida e a de seus familiares”.

O ex-bancário se entregou à polícia na segunda-feira (5) da semana passada e foi levado para a penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O UOL tentou contato com o advogado de defesa dele, mas não obteve resposta.

Quando da condenação do cliente, o advogado Lucas Laire afirmou que iria recorrer da sentença. Conforme relato dele, Meyer afirmou ser inocente do crime.

Reconheceu na rua

Meyer foi reconhecido pela vítima quando caminhava em rua do bairro Anchieta, região centro-sul da capital mineira. Atualmente, com a profissão de fisioterapeuta e com 26 anos, ela teria sido violentada pelo homem aos 11 anos de idade.

No momento do reconhecimento, ela afirmou ter seguido Meyer até o prédio onde ele morava e acionado a polícia, que prendeu o suspeito. Na década de 1990, na caçada ao estuprador que fez vítimas na capital mineira, a Polícia Civil acabou prendendo dois homens parecidos com o acusado.

O rosto marcante dele, com características fortes --como sobrancelhas grossas e bigode-- foram informadas por muitas das mulheres abusadas, e a polícia prendeu o porteiro Paulo Antônio da Silva e o artista plástico Eugênio Fiuza.

Em 2012, com a prisão de Meyer, o primeiro conseguiu decisão favorável do TJ-MG para extinguir o processo contra ele, após cinco anos de prisão. O segundo cumpre pena de mais de 30 anos em prisão domiciliar e ainda tenta provar que foi apenas confundido com o ex-bancário.