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Polícia apura estupros em série de mulheres divorciadas e que vivem sozinhas no interior de SP

Polícia investiga o desaparecimento da professora Fabiana Cristina de Paula, 36, desaparecida desde 26 de julho - Divulgação/Arquivo de família
Polícia investiga o desaparecimento da professora Fabiana Cristina de Paula, 36, desaparecida desde 26 de julho Imagem: Divulgação/Arquivo de família

José Bonato

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

06/09/2013 23h07

Um homem está preso em Novo Horizonte (399 km de São Paulo) suspeito de violentar quatro mulheres com as mesmas características físicas, todas divorciadas, com idades entre 36 e 40 anos e que moram sozinhas.

Os crimes ocorreram nos últimos 18 meses, na região de Catanduva (385 km de São Paulo). As quatro vítimas reconheceram o suspeito, mas, segundo a polícia, o rapaz, que foi identificado apenas pelas iniciais M. S. M., nega a autoria dos delitos. Ele tem 40 anos e é aposentado por invalidez.

De acordo com a polícia, M. S. M. estuprou três mulheres em 2012 em frente a um clube de campo em Itajobi (393 km de São Paulo).

Ele obrigou as vítimas a entrar num Gol prata após abordá-las na rua. Uma delas foi vítima duas vezes da violência sexual. Na segunda vez, resolveu prestar queixa. O Gol foi encontrado nesta sexta-feira (6) e será submetido a perícia.

Neste ano, o suspeito, sempre de acordo com a polícia, voltou a repetir o crime pela quarta vez e, quando ia cometer o quinto estupro, acabou preso, no dia 28 de agosto.

O titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Catanduva, Hélvio Bolzani, 43, afirma que a quinta mulher teve a bolsa furtada pelo suspeito e recebeu um telefonema dele informando que a havia achado. Ele indicou o local onde pudessem se encontrar e pediu para que fosse sozinha.

A mulher, segundo o delegado, ficou com medo de ir ao encontro, no bairro Jardim Tarraf 2, e pediu para amigos a acompanhá-la. “Os amigos da mulher quando o viram o imobilizaram e chamaram a polícia”, afirma o delegado.

M. S. M., segundo o delegado, aguardou a vítima usando um capuz, camisa preta de mangas compridas, luvas, um revólver de brinquedo e uma garrucha com duas munições.

Professora

A polícia suspeita que M. S. M. esteja envolvido no desaparecimento da professora Fabiana de Paula, 36, ocorrido no dia 26 de julho. Ela tem as mesmas características físicas das outras vítimas, é separada e mora sozinha.

O carro de Fabiana foi encontrado no mesmo local onde uma das vítimas sofreu a violência sexual e no qual o suspeito foi preso ao tentar o quinto estupro, na estrada municipal que liga Catanduva a Novais (408 km de São Paulo).

Outro detalhe, de acordo com o delegado, é que o suspeito mora a dois quarteirões da casa da professora. O aposentado, segundo o delegado, nega envolvimento com o sumiço da mulher.

Familiares de Fabiana espalharam cartazes pela cidade com foto e telefone de contato na esperança de localizá-la. “Estamos sofrendo muito com essa situação”, declara Carla Silva, prima da professora.

De acordo com ela, a família tem esperança de que Fabiana esteja viva, mas também está preparada para o pior. De acordo com ela, a professora se separou há um ano do marido, que está com a guarda dos dois filhos, de 12 e 9 anos de idade.

O suspeito vai ficar preso por 30 dias em Novo Horizonte. Ele vai responder por estupro e porte ilegal de arma. A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico da professora e aguarda laudo de perícia feito no carro dela para avançar nas investigações.