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Aeronautas cancelam greve em todo o país; aeroviários ainda vão decidir

Do UOL, em São Paulo

19/12/2013 18h52

Os aeronautas decidiram cancelar a greve geral que estava prevista para iniciar nesta sexta-feira (20) em todo o país. A categoria - formada por pilotos, copilotos e comissários de voo, - aceitou as propostas das companhias aéreas em assembleia realizada nesta quinta-feira (19).

Depois de várias negociações entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), os tripulantes aceitaram reajuste salarial de 5,6% e diversos itens sociais para melhores condições de trabalho, como estabelecimento de piso salarial para copiloto e comandante; previsão de vale alimentação para quem recebe salário líquido até R$ 3.248,01; melhores condições de escala para as tripulantes num prazo de seis meses após o retorno da licença maternidade; passe livre (permite que os aeronautas da aviação regular utilizem voos domésticos das empresas congêneres).

A intenção do sindicato era parar 80% dos tripulantes. Mas ontem uma decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) engessou a greve, determinando que 80% dos tripulantes trabalhassem, sob pena de multa diária de R$ 100 mil ao sindicato.

Segundo o presidente do sindicato Marcelo Ceriotti, “em respeito aos usuários do transporte aéreo e pela fragilidade do sistema de aviação brasileira, decidimos cancelar a paralisação, mas vamos continuar nossa busca por melhores condições de trabalho e para o setor”, afirmou por nota.

O Sindicato Nacional dos Aeroviários, trabalhadores do transporte aéreo, afirmou, no entanto, que não fechou nenhum acordo e que a decisão sobre a greve geral deve acontecer apenas nesta sexta-feira (20) após assembleia.

Segundo Celma Balbino, diretora executiva do sindicato, a categoria vai decidir se vai fazer a greve só com 20% dos trabalhadores, ou se vai aguardar uma reunião marcada para o dia 6 de janeiro com o ministro da secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, para decidir sobre a paralisação.

Entre outras reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 8%, aumento de 20% na cesta básica e vale refeição e piso para agente de check-in de R$ 1600,00.