Polícia atua em 12 áreas do Rio após ataque a UPP que deixou soldado morta
O policiamento está reforçado na manhã desta segunda-feira (3) na comunidade do Parque Proletário, no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, um dia depois de quatro pessoas serem baleadas, entre elas dois policiais militares, durante um ataque de traficantes à sede da UPP local. Baleada na barriga, a soldado Alda Rafael Castilho não resistiu.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, o secretário José Mariano Beltrame determinou que as polícias Civil e Militar façam operações em 12 áreas de atuação da facção responsável pela ação criminosa na UPP do Parque Proletário.
A operação foi determinada na noite de domingo, após uma reunião de Beltrame com representantes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e das Inteligências das Polícias Militar e Civil para traçar as estratégias de ação para hoje.
Atingido na coxa, o também soldado Marcelo Gilliard foi medicado. Seu estado de saúde é estável. Um casal que estava dentro de um carro que se encontrava próximo à UPP também foi atingido por balas perdidas. Baleada na cabeça, Elaine Marques foi operada e encontra-se em estado grave. Seu marido, Antonio Marcos Travesso, foi medicado e recebeu alta.
Os atiradores passaram em frente ao contêiner que serve de base da UPP num carro branco. Testemunhas disseram que outros dois carros deram cobertura à ação. Após o ataque, todos escaparam.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. O contêiner atacado já foi periciado. Os investigadores vão requisitar imagens de duas câmeras de segurança que ficam nas proximidades.
Na noite de 2 de novembro, o policial Melquisedeque Basílio, 29, morreu ao ser baleado em frente à UPP Parque Proletário. Ele estava com outros dois PMs, patrulhando a localidade conhecida como Vacaria, quando foi atingido nas costas por cerca de 15 bandidos armados. Ninguém foi preso. Além do policial, foram atingidos por balas perdidas outros dois moradores da favela: Manoel de Araújo, de 39 anos, e um menor de idade.
O conjunto de favelas da Penha é vizinho ao Complexo do Alemão. As comunidades foram ocupadas pelas forças de segurança em novembro de 2010, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais que levou pânico à cidade. A região ficou permanente ocupada pelo Exército até meados de 2012, quando foram inauguradas oito UPPs: quatro na Penha, e outras quatro no Alemão. (Com Estadão Conteúdo)
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