Topo

Enchentes fazem Prefeitura de Porto Velho adiar desfiles de Carnaval

Do UOL, em São Paulo

24/02/2014 13h15Atualizada em 24/02/2014 17h38

A cheia do rio Madeira levou a Prefeitura de Porto Velho a adiar os desfiles de Carnaval das escolas de samba. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (24). A administração municipal também propôs o adiamento dos desfiles dos blocos, mas essa medida será discutida em uma reunião marcada para esta terça (25). As datas alternativas ainda não foram definidas.

O prefeito Mauro Nazif (PSB) também disse hoje que deverá decretar estado de calamidade pública em Porto Velho ainda nesta semana. “Nossos técnicos estão fazendo os estudos devidos para que possamos assinar esse decreto, porque Porto Velho já alcançou uma condição em que isso é perfeitamente cabível”.

Com o decreto, a administração municipal poderia obter ajuda financeira do governo federal para recuperar áreas destruídas pelas enchentes. “Teremos que realizar obras de recuperação e reconstruções. O município não tem esse poder orçamentário, por isso precisamos de recursos federais”, afirmou Nazif.

Porto Velho já havia decretado situação de emergência, assim como os municípios de Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Rolim de Moura.

A cheia dos rios no Estado de Rondônia tirou 1.818 famílias de suas casas. A maioria dos afetados – 1.123 famílias -- está na capital Porto Velho, onde o rio atingiu a marca de 18,43 metros nesta segunda, quase um metro acima do seu nível normal para a época.

A maior parte das famílias se alojou em casas de amigos e parentes, mas 293 delas tiveram de ser abrigadas em escolas e igrejas. As dez instituições de ensino que receberam desabrigados tiveram as aulas suspensas.

Segundo o tenente-coronel Demargli Farias, da Defesa Civil de Rondônia, o nível do Madeira pode subir ainda mais por causa da chuva nas cabeceiras do rio, na Bolívia.

Cinquenta e dois homens da Força Nacional de Segurança chegaram a Rondônia no fim de semana para auxiliar o atendimento às vítimas. São 30 bombeiros e 22 policiais militares. As famílias estão recebendo cestas básicas, água potável e remédios.

Com o alagamento da rodovia BR-425, um desvio foi aberto para romper o isolamento por terra das cidades de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.

Acre e Amazonas

No Acre, o alagamento da rodovia BR-364 chegou a isolar o Estado no meio da semana passada, mas de acordo com o governo acreano, o tráfego para caminhões está liberado no trecho da divisa com Rondônia mesmo com uma lamina d'água que chega a 73 cm.

Na capital Rio Branco, 331 pessoas estão desabrigadas por causa da cheia do rio Acre. Elas foram acolhidas no Parque de Exposições.

No Amazonas, as cheias dos rios levaram cinco municípios a decretar situação de emergência: Humaitá, Boca do Acre, Guajará, Ipixuna e Envira.

Cheia do rio Madeira castiga cidades do Norte do país