Com cheia, estrada é interditada e Rio Branco enfrenta desabastecimento
A população de Rio Branco sente os efeitos do desabastecimento de produtos essenciais no comércio por causa do fechamento da BR-364, alagada pela cheia do rio Madeira. A via liga o Acre ao restante do país.
De acordo com o inspetor Américo Paes, da Polícia Rodoviária Federal, a BR foi reaberta na manhã desta quarta-feira (5) depois da construção de um novo ponto para o atracamento de balsas.
Ainda de acordo com o inspetor, após as novas medições, o trecho alagado aumentou para 20 km (entre os km 862 e km 882). “Nós daqui de Rio Branco e de Porto Velho [PRF], e o Dnit, estamos fazendo o monitoramento diário desse trecho. A preocupação é quanto as condições do asfalto”, destacou.
O governador do Acre, Tião Viana (PT), decretou estado de emergência na quinta-feira (27), e com isso o Estado recebe o apoio do Exército e da Aeronáutica para garantir o abastecimento das cidades acrianas.
Na manhã da terça-feira (4) uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) descarregou 72 toneladas de produtos pericíveis em Rio Branco, e um carregamento de 62 toneladas de trigo foi entregue com o apoio da 17ª Base Logística, situada em Porto Velho e também por meio do 4º Batalhão de Infantaria de Selva situado em Rio Branco.
Em Cruzeiro do Sul, distante 640 km da capital Rio Branco, já falta gás de cozinha. Segundo informações da Assessoria de Comunicação do Governo a previsão é de que uma balsa com 100 toneladas de gás chegará à cidade em uma semana e só então normalizará o atendimento. Para Rio Branco a previsão é que o abastecimento seja normalizado na próxima sexta-feira (6) com a chegada de 450 toneladas de gás de cozinha. Já existe limitação de venda por pessoas na capital.
Rio Acre
O Rio Acre subiu 33 cm nas últimas 15 horas, na medição realizada na manhã desta quarta-feira, a cota era de 13,63cm. Esta é terceira vez que o Rio Acre volta a subir, em Rio Branco o Rio Acre chegou à cota de 15,23cm (1,23 m acima da cota de transbordamento) desabrigando mais de 1200 pessoas deixando os órgãos municipais em permanente alerta.
De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, as 326 famílias que alojadas no abrigo público do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco ainda não tem previsão de quando retornaram as suas casas.
A aposentada Raimunda Paula, moradora do bairro Triângulo, espera o pagamento de um aluguel social e a remoção da área de risco. “Todos os anos fico nessa agonia aqui nesse lugar, sem saber se quando eu voltar minha casa ainda vai estar no lugar. Queria logo que eles me colocassem no aluguel social ou me dessem uma casa longe do rio”, disse.
As famílias que estão no abrigo contam com três refeições diárias, atendimento médico, segurança pública, atendimento das equipes do Bolsa Família e Conselho Tutelar, além de atividades de lazer e esportes. De acordo com o tenente coronel, George Santos, da Defesa Civil Municipal, os custos só podem ser contabilizados ao final da ação, uma vez que os recursos aplicados são de diversas secretárias do município.
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