Polícia identifica suspeito de ter matado estudante no Paraná
A Polícia Civil de Foz do Iguaçu, no Paraná, identificou o suspeito de ter matado a estudante uruguaia Martina Piazza Conde. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Geraldo Evangelista, as imagens das câmeras de segurança do prédio onde a jovem foi encontrada morta, mostram Martina entrando no local acompanhada de um rapaz, na madrugada de segunda-feira (3). Depois de uma hora e meia, o suspeito deixa o prédio apressadamente.
Martina foi vista pela última vez na noite de domingo (2), na região central de Foz do Iguaçu, acompanhada por um rapaz que tem as mesmas características do identificado nas câmeras de segurança.
As buscas pelo suspeito já foram iniciadas, porém o rapaz não volta para casa há três dias. Os locais frequentados por ele também já foram investigados, mas ninguém sabe de seu paradeiro. As informações divulgadas pela polícia até agora são que o suspeito não tem vínculos com a universidade e é brasileiro.
Martina foi encontrada morta no apartamento de quatro estudantes da Universidade Federal de Integração Latina-Americana (Unila). A uruguaia teria ficado responsável pela residência enquanto os amigos viajavam durante o carnaval. Após o seu desaparecimento, um amigo do alojamento em que moravam foi até a delegacia e fez um Boletim de Ocorrência.
Depois de iniciadas as investigações, a Polícia Civil recebeu uma denúncia na noite desta quinta-feira (6), de que havia um forte odor vindo de um apartamento. A estudante foi achada em cima da cama, com um fio de energia envolto no pescoço. A polícia suspeita que a causa da morte tenha sido estrangulamento e que a possibilidade de suicídio está praticamente descartada.
O delegado recebeu a família da vítima na manhã desta sexta-feira (7) e informou que os pais não fazem ideia do que possa ter acontecido. Além disso, eles disseram que sabiam, por meio da rede social Facebook, do relacionamento esporádico que a filha mantinha com o suspeito. No entanto, nunca perceberam nenhuma anormalidade na relação.
Amigos
Mariana Serafini é jornalista e tinha muitos amigos em comum com Martina. Segundo ela, o suspeito pelo assassinato morava próximo a uma praça em que a uruguaia ensaiava com o grupo de dança maracatu.
Depois do desaparecimento da vítima, todos os amigos iniciaram as buscas e, de acordo com Mariana, na terça-feira (4), a conta do aplicativo de celular “Whatsapp” de Martina foi conectada, mas sem respostas. Alguns amigos encontraram o suspeito também na terça-feira e perguntaram da vítima, mas ele afirmou desconhecer o que havia acontecido.
“Ela fazia parte da Ação Poética Tríplice Fronteira, grupo que faz grafites com frases poéticas nas cidades da tríplice fronteira. Ela era incrível, acho que é por isso que todos estão inconformados”, afirmou Mariana.
Jesus Ibañes Ojeda era colega de classe da uruguaia e a conhecia desde 2011. Segundo ele, Martina estava concluindo os estudos em Cultura Afroperuana. "Ela era amável e muito querida por todos", comenta.
O tio de Martina foi localizado pela equipe de reportagem, mas não quis falar sobre o assunto por “se tratar de um momento muito delicada”. A uruguaia tinha 26 anos e era estudante do curso de Antropologia e Diversidade Cultural Latino-Americana da Unila.
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