Garota forja sequestro e estupro para esconder que perdeu virgindade no PI
A polícia descobriu que a denúncia de sequestro e estupro feita por uma adolescente de 14 anos, no último dia 6, em Teresina, não passou de uma farsa. Um suspeito ainda chegou a ser detido, mas foi liberado por não ter sido reconhecido pela menina.
A menina contou aos policiais que havia sido abordada por três homens quando saiu da escola, ao meio-dia, no bairro do Dirceu Arcoverde, forçada a entrar num carro e obrigada a cheirar uma substância.
Segundo seu primeiro depoimento, quando acordou, estava sem roupa e em um terreno da Usina Santana, localizado na zona rural de Teresina.
Segundo a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), a adolescente acabou contando que perdeu a virgindade há dois meses, e ficou com medo que a família descobrisse.
A delegada da DPCA Marcela Sampaio disse que passou a desconfiar da veracidade da história relatada pela garota quando a polícia foi ao local do suposto crime, na última sexta-feira (7).
“As roupas da menor foram recolhidas e observamos que a cor da terra do local que ela disse que foi estuprada era preta enquanto a que estava nas peças era cor de barro”, disse a delegada, destacando que outras observações evidenciaram que a história estava desencontrada.
No matagal em que a menina apontou que foi estuprada, não havia vestígios que alguém teria caminhado no local, que é de mata fechada. “Havia uma casa abandonada que, pela lógica, seria facilmente usada, mas a menina disse que teria sido estuprada no mato”.
A polícia descobriu ainda que no dia que em que a garota teria sido sequestrada e estuprada, ela havia almoçado na casa de uma pessoa amiga, que já prestou depoimento e confirmou que nada aconteceu com a menina.
Segundo a DPCA, a garota fez exame de conjunção carnal na Maternidade Evangelina Rosa, que comprovou que ela não havia sido estuprada.
O trabalho de investigação do caso vai ser encaminhado à Delegacia do Menor Infrator, pois segundo a delegada, a garota vai responder pelo crime de denunciação caluniosa. “Ela mobilizou a polícia para investigar um crime que não existiu e cometeu um ato infracional”.
A polícia não identificou os pais da menina, mas informou que a família toda está envergonhada do ocorrido.
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