Governo Lula nomeia para chefe da PF em SP delegado que atuou na Lava Jato

O governo do presidente Lula (PT) trocou o comando da Polícia Federal em São Paulo.

O que aconteceu

Novo chefe da PF no estado será o delegado Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho. A designação para o cargo de superintendente do escritório em São Paulo foi publicada hoje (5) no Diário Oficial. O texto é assinado pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto.

Novo superintendente em São Paulo já atuou na Lava Jato. No auge das investigações da força-tarefa, em 2016, ele chegou a participar de apurações sobre lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. Na época, a PF descobriu que um banco do Panamá, conhecido por ser um paraíso fiscal, era utilizado para viabilizar o fluxo desse dinheiro.

O cargo de Carvalho está na categoria de natureza comissionada. Segundo o Portal da Transferência, a remuneração dele como chefe da PF em São Paulo será de R$ 6.784,14. O novo superintendente assume o lugar do delegado Rogério Giampaoli — a dispensa dele também foi publicada hoje no Diário Oficial.

Delegado também investigou recebimentos de propina pagos pela Odebrecht. Carvalho foi o responsável por interrogar o ex-ministro Delfim Netto, que afirmou ter recebido R$ 240 mil em espécie da empreiteira em outubro de 2014. Delfim disse no depoimento, prestado em 2016, que o pagamento foi feito por "pura conveniência" devido a um serviço de consultoria que ele prestou à Odebrecht.

Carvalho cumpriu mandados de busca em empresa do ex-ministro Antonio Palocci. Esses mandados foram cumpridos na consultoria Projeto, também em 2016, no âmbito da 35ª fase da Lava Jato. À época, a PF disse que havia indícios de relação criminosa entre a Obebrecht e o ex-ministro, que era suspeito de atuar como intermediário político junto à empresa. Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula.

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