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Após 24 horas, rebelião em presídio de SE termina sem feridos graves

Detentos do Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho, em Aracaju, mantiveram carcereiros e familiares reféns por 24 horas entre sábado e domingo - Reprodução
Detentos do Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho, em Aracaju, mantiveram carcereiros e familiares reféns por 24 horas entre sábado e domingo Imagem: Reprodução

Do UOL, em Maceió

18/05/2014 12h49Atualizada em 19/05/2014 09h09

Após praticamente 24 horas, a rebelião de presos no Compajaf (Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho), em Aracaju (SE), terminou sem feridos graves e nem destruição das dependências do local.

Os quatro carcereiros que estavam reféns de internos de um presídio em Aracaju foram liberados no início da tarde deste domingo (18). Os agentes penitenciários terceirizados ficaram por quase 24 horas sob o poder os presos Compajaf. Um deles saiu ferido, mas não corre risco de morte.

Segundo a advogada Sandra Melo, porta-voz do Compajaf, o "problema todo foi que 16 sentenciados, que estavam em alas diferenciadas, queriam ser transferidos". "Após as negociações, esses presos foram levados para outras unidades prisionais do Estado", explicou.

Ainda conforme a assessora jurídica, todos foram para a emergência médica do presídio por "questão de segurança". Um cão que também estava com os rebeldes também saiu ileso. 

Os parentes dos presos, incluindo mulheres, crianças e idosos, ficaram retidos ba Compajaf das 11h do sábado até as 13h30 de domingo, quando o motim foi encerrado após o governo de Sergipe ordenar a transferência de vários detidos.

Motim

A rebelião teve início por volta das 12h30 do sábado (17), no horário de visita dos familiares aos detentos.

A polícia negociou durante todo o sábado com os reclusos, mas estes se negaram a baixar as armas e a libertar as pessoas.

A crise acontece a 26 dias do início da Copa do Mundo e em meio a vários protestos por reivindicações salariais e contra os altos custos do Mundial. Sergipe não está entre as sedes do torneio.

Melo explicou que os presos que estavam de forma provisória no presídio e que foram condenados recentemente desejam a transferência para outro local.

"Esta é uma penitenciária de segurança máxima, e eles pedem um regime mais flexível.

A segurança do presídio, que tem lotação para 428 internos, é totalmente terceirizada e feita pela empresa Reviver. (Com agências de notícias e Estadão Conteúdo)