Após confusão, rodoviários do Rio suspendem votação sobre greve até dia 27
Os rodoviários do Rio de Janeiro suspenderam as decisões sobre paralisações da categoria, em assembleia realizada nesta terça-feira (20), até o dia 27 de maio, quando os trabalhadores se reunirão com o MPT (Ministério Público do Trabalho).
Segundo Hélio Teodoro, um dos líderes do movimento, o objetivo é dar mais tempo para que seja aberto um novo canal de negociação com o sindicato patronal, o Rio Ônibus, e com a prefeitura. Eles reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400.
A assembleia foi marcada por um racha entre os membros do comando de greve. Uma hora depois, eles fizeram as pazes e decidiram reunificar. Tudo começou quando três dos quatro líderes, Hélio Teodoro, Luiz Fernando Mariano e Luís Cláudio da Rocha Silva, chegaram à assembleia. Eles acusavam a quarta componente do comando de greve, Maura Gonçalves, de trair o movimento.
"Ela vai ser candidata à presidência do sindicato no ano que vem", afirmou Mariano. AO UOL, Maura negou que estivesse se mobilizando para tal. "Eu fui expulsa do sindicato. Não sou traíra", declarou.
Com a confusão, dois grupos se formaram --um defendia a paralisação imediata e o outro sustentava a tese de que seria melhor esperar até o dia 27. Passado o bate-boca e a troca de acusações, Teodoro pediu desculpas a Maura, que concordou com a estratégia do colega: marcar uma nova assembleia para a terça-feira (27) da semana que vem, às 16 horas, na Candelária.
"No dia 27, vamos sair do encontro com o MPT e toda a categoria vai escolher. Ou para ou não para", explicou Teodoro.
A reunião marcada para o Ministério Público do Trabalho diz respeito às denúncias apresentados pelos rodoviários sobre "as péssimas condições de trabalho oferecidas à categoria", explicou a advogada que presta assistência jurídica aos rodoviários, Isabela Blanco.
Rodoviários prestam depoimento
Antes da assembleia, Hélio Teodoro, Luiz Fernando Mariano e Luís Cláudio da Rocha Silva compareceram à DDSD (Delegacia de Defesa de Serviços Delegados), na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde prestaram depoimento sobre os mais de 500 ônibus supostamente depredados --na versão das empresas-- na primeira paralisação da categoria, no dia 8 de maio.
Segundo Mariano, a Polícia Civil informou que, caso ocorram novas paralisações com atos de violência, os três podem ser responsabilizados de acordo com o artigo 262 do Código Penal --"expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento".
Já o delegado da DDSD, Alessandro Petralanda, limitou-se a informar que "três rodoviários foram ouvidos nesta terça-feira na sede da especializada". "A delegacia apura as ações criminosas praticadas durante as greves", completou o delegado.
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