Topo

Após 4 horas fechado, Santos Dumont tem 36 voos cancelados e dia de caos

Do UOL, no Rio

17/06/2014 14h13

A Infraero informou nesta terça-feira (17) que 36 voos foram cancelados no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que esteve fechado por mais de quatro horas em função de um intenso nevoeiro, na manhã de hoje.

O número de cancelamentos corresponde a 37,9% do total de voos previstos para o Santos Dumont nesta terça, dia do segundo jogo do Brasil na Copa do Mundo --a seleção enfrenta o México, às 16h, em Fortaleza. A Infraero também registrou atrasos em 31 voos, dos quais 15 permaneciam atrasados até 14h40.

De acordo com a assessoria do aeroporto, desde que a operação começou a ocorrer no visual, por volta das 11h20, a situação está voltando ao normal.

Passageiros do principal aeroporto do Rio, o Galeão, na zona norte do Rio, também tiveram problemas. A Infraero suspendeu as operações para pousos por mais de uma hora, também em razão do nevoeiro, o que resultou no atraso de 32 voos. Houve ainda 12 cancelamentos.

Prejuízo para belgas e argelinos

Com a suspensão, muitos passageiros ficaram no saguão do aeroporto aguardando e acabaram perdendo jogos do Mundial, a exemplo de torcedores que seguiam para Belo Horizonte, para acompanhar a partida entre Bélgica e Argélia, às 13h, e chegaram a ficar irritados. Parte relatou que não obteve informação das companhias aéreas.

Muitos passageiros se aglomeraram nos balcões da companhias aéreas em busca de informações e devolução do valor da passagem. Foi o caso de torcedores belgas, que deveriam embarcar às 7h58, mas ao meio-dia permaneciam no saguão do Santos Dumont, lamentando não conseguir chegar a tempo para ver a seleção de seu país.

"Queremos o nosso dinheiro de volta. Essa situação é absurda, pagamos pela passagem e contávamos com isso para chegar a Belo Horizonte a tempo do jogo. É decepcionante. Os atendentes das empresas não nos informam de nada, e muitos fingem não falar inglês. Nunca vi algo do tipo. Como isso ocorre durante uma Copa do Mundo? É triste, mas perderemos o jogo da Bélgica por um problema que não é nosso", disse a belga Maxime Clement.

Na fila dos balcões, brasileiros e torcedores estrangeiros relataram muita gente ficou sentada no chão das salas de embarque, sem informação e previsão de decolagem. Muitos desistiram de esperar. O argelino Mourad Hawaoui, que seguia para Belo Horizonte, para assistir à estreia da sua seleção, reclamou do atraso de mais de duas horas. "Não temos informação de nada, ficam apenas dizendo para irmos de um lado para outro. Eles não nos informam como temos que proceder nem nos oferecem opções. Isso é normal? [apontando para o balcão onde apenas uma pessoa fazia o atendimento]".

A professora Bernadette Franco, 62, esperava alguma informação sobre seu voo para Campo Grande, atrasado em duas horas. "Entendo que o nevoeiro coloca em risco a segurança dos passageiros. Queria entender o porquê desse atraso todo, já que alguns voos de algumas companhias estão saindo normalmente para São Paulo, mas os da minha companhia estão quase todos muito atrasados", questionou. (Com Agência Brasil)