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Doméstica admite que enterrou corpo de patroa em Itanhaém (SP)

Rafael Motta

Do UOL, em Santos (SP)

08/10/2014 13h42

Uma doméstica de 50 anos se apresentou à polícia na terça-feira (7) para confessar que enterrou o cadáver da patroa, que teria se envenenado há dois meses em Itanhaém, a 106 km de São Paulo. Ela afirma que agiu sozinha, apenas sob a orientação de "vozes" que diziam "o que ela tinha que fazer".

Por volta das 17h de ontem, os restos mortais da aposentada Terezinha Barbosa, 57, foram encontrados em uma cova com aproximadamente um metro de profundidade, cavada no quarto de sua casa. O IML (Instituto Médico-Legal) de Santos (a 72 km de São Paulo) examinará o cadáver para determinar a causa da morte.

Em setembro, sua filha única foi à polícia registrar o sumiço da mãe. De acordo com a empregada, porém, o corpo foi enterrado em 3 de agosto. Barbosa foi gerente de uma agência do Banco do Brasil em Itariri, no Vale do Ribeira (sul do Estado). 

Suspeitas

Em entrevista a emissoras de TV locais, o delegado Douglas Borguez, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) na cidade, pôs em dúvida a versão da empregada e citou a possibilidade de crime premeditado, com eventual participação de outras pessoas.

A empregada descontou um cheque de R$ 5.000 assinado pela vítima, que seria usado no pagamento de despesas. O sigilo bancário da aposentada deverá ser quebrado para identificar se houve outros saques. O carro da mulher está desaparecido.

“O autor [quem enterrou o corpo] teve o cuidado de pôr cal, cimentar, colocar piso exatamente nos mesmos moldes do piso da casa [para disfarçar o local onde foi escondido]. Ou seja, uma atitude totalmente premeditada”. Desconfia-se de homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte).