IML de São Paulo troca corpos e família enterra um deles por engano
O IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo realizou uma troca na entrega de dois corpos para os familiares de Valdenilson de Barros e Antônio Iak. O erro aconteceu na última quinta-feira (28).
Quem percebeu o erro foi a família de Valdenilson. Já os parentes de Iak, morto aos 73 anos em um atropelamento por ônibus, receberam o corpo errado porque teriam sido induzidos ao erro, segundo o advogado Ademar Gomes, que os representa.
"Eles estavam motivados pelo cansaço físico, emocional e a precariedade do suporte técnico do IML", disse Gomes. "Antônio Iak tinha barba comprida e o corpo mostrado não tinha. Os funcionários tentaram insistir, dizendo que a barba foi raspada por eles".
O corpo de Valdenilson já foi enterrado no domingo (31) pela família de Iak --que até então não sabia da troca-- no Cemitério Gethsêmani, na capital paulista. Eles depois receberam uma ligação da chefe da seção técnica do IML, informando o ocorrido. Agora o corpo deverá passar por um processo de exumação de cadáver.
A reportagem não conseguiu contato com a família de Valdenilson.
"A diretoria do IML lamenta profundamente o erro, pede desculpas às famílias envolvidas e informa que houve um erro na identificação feita pelo irmão da vítima, que assinou o termo de reconhecimento e recebeu o corpo como o correto", afirmou o órgão em comunicado. "O IML, no entanto, não se exime da responsabilidade e determinou imediata apuração dos fatos, já afastando o funcionário que prestou atendimento para apurar eventual negligência. Além disso, os familiares foram chamados para participar dos trâmites judiciais para a exumação do corpo".
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