Greve dos rodoviários complica volta para casa no Distrito Federal
Da Agência Brasil
08/06/2015 21h56
A greve dos rodoviários Distrito Federal (DF), iniciada na madrugada de hoje (8), dificultou a volta para casa dos que foram trabalhar. Sem ônibus, a população teve que recorrer ao transporte pirata --veículos sem licença para conduzir passageiros--, ao metrô ou tirar o carro da garagem.
Cerca de 2,7 mil ônibus permanecem parados e a greve afeta 1 milhão de pessoas, segundo o governo. Apesar de o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) ter determinado um mínimo de 70% da frota dos ônibus circulando no horário de pico e 50% no entrepico, quase não há coletivos nas ruas.
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A Rodoviária do Plano Piloto, na região central de Brasília, que normalmente fica cheia de passageiros, estava praticamente vazia, no início da noite. Por outro lado, a estação do metrô, que fica ao lado do terminal, teve movimento acima da média.
Por causa dessa demanda, o Metrô-DF informou que operará com 24 trens das 16h às 21h. O número de pessoas em trânsito por dia, que chega a 150 mil, teve acréscimo de 30% hoje, segundo a companhia.
Esse aumento de passageiros levou à formação de grandes filas nos guichês. “Aqui só não ficou mais cheio porque colocaram mais trens. Mesmo assim, o movimento está grande”, disse o vigilante José Ferraz, que usa o metrô diariamente.
Sem ônibus, o funcionário público Fernando Oliveira teve que ir trabalhar de carro. “Tenho colegas que pagaram até R$ 5 para os ônibus piratas. Se não for assim, é de carro, com um engarrafamento gigantesco, ou de metrô”, disse Oliveira.
Para tentar diminuir o impacto no trânsito, o governo liberou nesta segunda e terça (9) para os carros as faixas exclusivas de ônibus das principais vias do DF.
A greve foi decidida em assembleia no domingo (7). Os trabalhadores pedem reajustes de 20% nos salários e 30% no tíquete-alimentação e na cesta básica, além de plano de saúde familiar. Os empresários ofereceram 8,34% de reajuste salarial.