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RS: Funcionário de hospital de Santa Maria é suspeito de estuprar gestantes

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

22/06/2015 19h55

Um funcionário do HUSM (Hospital Universitário de Santa Maria) foi denunciado por pacientes, suspeito de se passar por médico e estuprar gestantes no setor de obstetrícia. O caso foi descoberto nesse fim de semana, quando três pacientes grávidas descobriram que os supostos exames ginecológicos pelos quais passaram foram realizados por um falso ginecologista.

O homem de 32 anos, funcionário do laboratório de análises clínicas da instituição, chegou a ser preso pela Brigada Militar e levado à delegacia, no último sábado, onde foi registrada ocorrência por estupro consumado. Mas por se tratar de um hospital da União, a investigação será feita pela PF (Polícia Federal).

Segundo relato das vítimas, o homem ingressava nos quartos se apresentando como médico para realizar um "exame de praxe", segundo ele. Antes de iniciar o procedimento de toque, ele se certificava que a portado quarto estivesse trancada.

A ação do suspeito, que é farmacêutico de formação, levantou dúvidas nas gestantes, que questionaram o posto médico do setor. Lá, foi constatada a farsa.

O homem, que ingressou há dois anos no HUSM através de concurso, foi identificado e afastado de suas funções no laboratório por determinação judicial. A instituição também instaurou um Processo Administrativo Disciplinar para avaliar sua conduta. 

"Esse processo tem um prazo de 60 dias para ser concluído, e gerar desde uma advertência  ao servidor, até sua suspensão ou exoneração", explica o gerente administrativo do hospital, João Batista de Vasconcellos.

A identidade do suspeito não foi revelada para garantir a integridade das vítimas. Duas delas permanecem internadas no hospital. A terceira, já deu à luz.

Nesta segunda (22), colegas do suspeito foram ouvidos pela PF, que também colherá os depoimentos das vítimas e de seus familiares. Imagens de câmeras de vigilância também estão sendo analisadas para conferir a movimentação do investigado no setor de obstetrícia. 

"Esse é um fato isolado e não deve macular a imagem do hospital. Estamos oferecendo todo apoio psicológico às pacientes", garante o gerente administrativo da instituição.