Acusado da morte de Eliza Samudio é considerado foragido pela Justiça de MG
A Justiça de Minas Gerais já considera como foragido o policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, acusado de participação na morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes.
A informação foi confirmada nesta quarta-feira (22) pela assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contra Zezé, há um mandado de prisão expedido pelo juiz Elexander Camargos Diniz, da Comarca de Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.
Ainda conforme o setor, o advogado de defesa de José Lauriano entrou com um pedido de habeas corpus.
Zezé foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele também vai responder pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela, cuja paternidade é atribuída ao goleiro Bruno.
O MP também denunciou o policial civil Gilson Costa por ameaça feita a testemunhas do caso. Ele não teve a prisão decretada, mas o juiz expediu medidas cautelares proibindo-o de se aproximar e manter contato com testemunhas, vítimas e informantes do processo.
A Polícia Civil tentou cumprir o mandado de prisão, no último dia 10 deste mês, e foi até a casa de Zezé, mas ele não foi encontrado. Desde então, seguem as buscas para tentar localizar o paradeiro dele.
O advogado Rodrigo Geraldo Simplício da Silva rebateu o argumento utilizado pelo juiz para embasar a ordem de prisão de Zezé e disse que o cliente aguarda a apreciação do pedido de habeas corpus para se apresentar perante a Justiça.
"Foi decretada a prisão dele [sob o argumento] por ele ser policial civil e que poderia intimidar as testemunhas. Nem policial civil ele é mais. Já tem quatro anos [que ele é aposentado]. A prisão preventiva é uma medida cautelar, a liberdade é uma regra. Não tem justificativa [essa prisão]", afirmou Silva.
"Entramos também com um pedido de revogação da prisão preventiva", declarou. O advogado, no entanto, não comentou as acusações feitas ao cliente pelo Ministério Público.
Juiz justificou decisão pela prisão pelo possível "temor a testemunhas"
Em sua decisão de mandar prender Zezé, o magistrado Elexander Camargos Diniz afirmou que "o simples fato de se tratar de um policial civil incute temor a testemunhas e aos demais envolvidos na sequência de crimes".
Zezé e Gilson Costa foram investigados em 2010, quando a ex-modelo sumiu, mas não foram indiciados pela polícia. A denúncia feita agora pela promotoria foi aceita pela Justiça no dia 7 deste mês, e os dois tiveram prazo de dez dias para se manifestar.
Segundo o promotor Daniel Saliba de Freitas, o policial aposentado teria participado do sequestro de Eliza Samudio ainda no Rio de Janeiro, em junho de 2010, e também na morte da ex-amante do jogador. Segundo a polícia, o assassinato ocorreu em 10 de junho daquele ano.
De acordo com as investigações, Eliza foi assassinada na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na cidade de Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte). Zezé teria sido contratado para cometer o crime.
O processo corre em segredo porque a ação penal foi proposta com base em elementos obtidos a partir da quebra dos sigilos bancário e telefônico dos envolvidos. O objetivo, de acordo com a assessoria do TJ-MG, é também "evitar o tumulto processual diante da ampla repercussão do caso na mídia".
Ao todo, sete pessoas, incluindo o goleiro Bruno Fernandes, já foram condenadas no processo sobre a morte de Eliza Samudio.
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