Se a PM é agredida, é preciso reagir, diz governador de MG
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), defendeu a ação da Polícia Militar durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Belo Horizonte, que terminou em conflito e com cerca de 60 pessoas detidas nesta semana.
“A PM agiu dentro do protocolo. O direito de manifestação é democrático. Mas se [a polícia] é agredida, lamento muito, não há outra saída. Precisa reagir”, afirmou Pimentel em entrevista publicada nesta sexta-feira (14) no jornal “Estado de Minas”.
No sábado (8), em 80% das linhas da cidade, o preço passou de R$ R$ 3,10 para R$ 3,40. Na quarta-feira (12), no protesto de cerca de mil pessoas, estimativa feita pelos organizadores, houve pancadaria, bombas, tiros de balas de borracha, e dezenas de manifestantes se refugiando em um hotel no centro de Belo Horizonte, a cem metros da prefeitura, local para onde eles se dirigiam, após a confusão com a polícia.
Já o secretário estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais, Nilmário Miranda, havia anunciado que o órgão vai apurar o episódio. A Defensoria Pública do Estado, por sua vez, informou que iria apurar as agressões contra os manifestantes e excessos na ação policial. Miranda foi ministro dos Direitos Humanos no primeiro mandato de Lula.
“A manifestação é um direito que tem de ser respeitado. O nosso governo não pode coibir manifestação. Tem que saber lidar com essas situações. Temos que definir padrões de como utilizar gás lacrimogêneo e outras armas não letais”, afirmou Miranda.
“A polícia se queixou dizendo que o protesto não tinha líderes. É uma forma de organização diferente. A nossa orientação é não criminalizar o movimento social. Defendemos uma mediação pacífica. Tem que orientar a polícia nessas circunstâncias”, disse o secretário de Direitos Humanos.
Novo protesto
Nesta sexta-feira (14), os movimentos Tarifa Zero e Passe Livre BH marcaram nova manifestação contra o reajuste do preço das passagens de ônibus na capital mineira. O protesto acontece no mesmo local e mesmo horário: praça Sete, confluências das avenidas Afonso Pena e Amazonas, às 17h.
O governo de Minas Gerais, por meio de sua assessoria, informou que a ação policial, inclusive utilizando a força, é autorizada pela administração, que tem a determinação de não admitir o fechamento total de vias públicas em manifestações em Minas Gerais.
“O governo de Minas reitera sua posição de garantir o direito democrático de livre manifestação, assim como o de ir e vir de todos cidadãos, e a integridade de agentes públicos no exercício de sua função”, afirma o governo em nota.
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