Polícia encontra cavalos maltratados e égua morta no interior de SP

A Polícia Ambiental de São José do Rio Preto  encontrou e removeu quatro cavalos desidratados, infestados de parasitas e com a saúde debilitada em um terreno baldio em Mirassol (a 452 km de São Paulo). Uma égua morta, aparentemente por desidratação, e um potro debilitado também foram retirados no mesmo local.

Os animais sobreviventes foram encaminhados a ONGs (Organizações Não Governamentais) de auxílio a animais abandonados. Outros quatro cavalos, também abandonados, esperam remoção. A Polícia Civil apura o caso.

Os policiais chegaram ao local na quinta-feira (24), depois de serem avisados pela Pamda (Protetores e Associados Mirassolentes em Defesa dos Animais). "Chegou para nós a denúncia, e fomos até o local, na quarta-feira à tarde. Encontramos a égua já deitada, mas ainda viva, e pelo menos oito cavalos abandonados", conta  Cristina Bonzegno, presidente da Pamda.

A égua foi medicada e recebeu soro, mas, como estava em estado avançado de desidratação, acabou morrendo ontem. "O potro, que é filho da égua que morreu, ficou ao lado dela o tempo todo, lambendo a mãe. Infelizmente, ela não resistiu", conta Cristina.

Ainda segundo ela, quatro cavalos em estado mais grave foram retirados e levados para uma chácara que serve de abrigo para animais atendidos pela Pamda. "Eles tomaram soro, receberam a medicação e estão comendo até agora. Iremos retirar os outros, mas ainda não espaço para abrigar todos", conta.

Cristina informou ainda que a área onde os animais estavam é conhecida por concentrar cavalos e éguas abandonadas. "As pessoas usam os animais para trabalho pesado e, depois que eles adoecem, deixam lá para morrer. Acontece que não há mais pasto e nem água. Há um rio que passa mais ou menos perto, mas a água é fétida", disse.

Crime

Segundo a Polícia Ambiental, um boletim de ocorrência foi registrado e já há um suspeito de ser o dono de três dos animais, incluindo a égua. Se condenados, os responsáveis pelo abandono podem ser condenados a até quatro anos de prisão pelo crime de maus tratos a animais, além de pagarem multas de R$ 6 mil por conta do animal morto e outros R$ 3 mil por animal abandonado.

Cristina informou ainda que os animais já estão medicados e serão doados para interessados. "Fazemos uma seleção rigorosa, mas, depois que eles forem castrados e tratados, iremos doá-los. Por enquanto, tivemos mais de 200 interessados, o que nos surpreendeu", disse.