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Cotado para a Saúde nega acusação e participação em grupos de extermínio

O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB)  - Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) Imagem: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

30/09/2015 22h43

O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) negou na noite desta quarta-feira (30) que tenha sido acusado de participação no assassinato de um vereador do município de Pedras de Fogo (PB) no relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). A comissão investigou grupos de extermínio no Nordeste, em 2005.

O parlamentar paraibano é um dos cotados para assumir o Ministério da Saúde e teve o nome citado no relatório da CPI. Testemunhas afirmaram à comissão que Manoel Júnior teria participação no assassinato do vereador José Barros, em 2000. Uma das testemunhas denunciou que o deputado teria pagado R$ 40 mil pela morte do vereador.

Segundo o relatório, produzido à época pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), Manoel Júnior, além de participação no crime, recebia pagamento dos moradores do município, já que Pedras de Fogo ficaria em terras de propriedades do parlamentar.

“O verdadeiro fundamento do relatório produzido representa tão somente, uma disputa política de iniciativa do deputado relator à época sobre minha pessoa. Por fim, destaco que, de forma leviana, juízes, promotores e até mesmo desembargadores também foram citados no relatório da CPI; mesmo sem nenhuma prova material que comprovasse efetivamente tais acusações”, afirmou o deputado.

“Não há citação de nenhuma testemunha no antigo relatório da CPI do Extermínio, declarando que eu teria pagado R$40 mil reais por encomenda de morte de quem quer que seja. Além disso, vale registrar que as terras situadas na minha cidade natal, Pedras de Fogo, são dos meus parentes e, que jamais fiz cobrança alguma sobre as mesmas”, disse.

Manoel Júnior também negou a acusação, feita por testemunha no relatório final da CPI, de que teria mantido no município paraibano um ex-delegado acusado de participação em grupos de extermínio.

“O delegado não foi mantido na cidade. Até porque nesse período, o então governador era meu adversário político e eu jamais influenciaria em tal manutenção”, afirmou o peemedebista.

O deputado ainda disse não ser verdadeira a informação sobre um empurrão de que uma de suas irmãs teria levado do vereador, três dias antes de seu assassinato, conforme consta no relatório.