MP-RJ pede absolvição de cinco ativistas processados após protestos de 2013
![A ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, é uma das que respondem por formação de quadrilha - Armando Paiva/Eleven/Estadão Conteúdo](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/62/2015/08/05/5ago2015---a-ativista-elisa-quadros-conhecida-como-sininho-chega-ao-tribunal-de-justica-do-rio-de-janeiro-nesta-quarta-feira-5-a-audiencia-realizada-pela-27-vara-criminal-da-capital-faz-parte-do-1438802844258_615x300.jpg)
O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) pediu à Justiça a absolvição de cinco ativistas e a condenação de 18, acusados de formação de quadrilha e corrupção de menores, durante os protestos de 2013 na cidade. Para o MP, não há provas suficientes contra esses cinco, mas contra os 18, "há provas contundentes". A alegação final do MP-RJ foi ratificada em agosto, mas foi confirmada nesta quarta-feira (14) pelo promotor Paulo Sally.
O processo está na etapa de alegações finais da defesa, que devem ser apresentadas até esta semana. A alegação final do promotor Paulo Sally, que opina pela absolvição, é de abril deste ano, mas teve que ser ratificada em agosto, após o depoimento de duas acusadas que estavam foragidas.
O promotor afirma que não constavam nos autos provas contra os cinco ativistas e, por isso, pede a absolvição. "Não foi produzida a prova necessária, a certeza para que se insista na condenação", afirmou.
Entre os cinco, estão Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band. O processo em que respondem pela morte de Santiago, no entanto, não tem relação com esse parecer, que se refere a outro processo em que respondem por formação de quadrilha e corrupção de menores para infiltrá-los nas manifestações com táticas black block, segundo o MP. O processo corre na 27ª Vara Criminal da Capital.
Na alegação final, o promotor pede a condenação dos outros 18 com base em "provas testemunhais, documentais e elementos trazidos nas investigações", diz Sally. Segundo ele, entre as provas documentais estão "inúmeras" matérias jornalísticas do período.
Advogado de defesa de 11 acusados, entre eles parte dos que tiveram a absolvição recomendada pelo MP, Marino D'Icarahy afirma que, contra seus clientes, pesam depoimentos de testemunhas que não deveriam incriminar nenhum dos acusados. "Se a prova fabricada mentirosamente pela testemunha não serve para condená-los, não pode prestar para condenar nenhum dos outros", disse.
D'Icarahy acredita na absolvição de seus clientes e diz que o processo em curso é "político" e se baseia em "provas fabricadas". "Descontruímos todas as pretensas investigações. Não está provado coisa nenhuma. Está provado que é um processo político".
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