Guarda Civil apreende 200 pombos que seriam vendidos para clube de tiro em SP
Cerca de 200 pombos foram libertados na tarde deste domingo (14) após terem sido caçados por dois homens em Jundiaí (a 60 km quilômetros de São Paulo). As aves estavam espremidas, sufocadas e agitadas dentro de caixas. Elas foram resgatadas pela Guarda Civil Municipal após uma denúncia anônima.
De acordo com a GCM, os homens, ambos de 44 anos, foram flagrados com as armadilhas na praça da Bandeira. Durante a revista, os guardas encontraram 13 aves dentro de uma caixa com os suspeitos. Depois, descobriram em uma caminhonete mais quatro caixas com cerca de 50 pombos cada uma.
“Eles começaram a caçar escondido às 5h. Quando nós chegamos, às 14h, eles já estavam com uns 200 pombos. Eles atraíam as aves para as armadilhas com pão e milho. Elas entravam de monte nas caixas e eles fechavam. Foi uma judiação, um calor daquele e os pombos presos. Mas deu tudo certo. Nenhum ficou ferido. Todos foram soltos e estão nas praças da cidade”, contou Alceu Marestoni, inspetor do canil da GCM da cidade.
Na delegacia, os suspeitos informaram que moram em São Paulo e que caçavam os pombos para vender para rituais religiosos e para um clube de tiro da capital, localizado na rodovia Presidente Castelo Branco, onde as aves seriam usadas durante competição de atiradores.
“Elas eram levadas para a morte. Ou em rituais religiosos ou no clube, onde elas eram os alvos dos atiradores”, disse.
Eles afirmaram lucrar cerca de R$ 12 mil por mês com a prática e que faziam isso havia cerca de dez anos.
“Eles contaram que já fizeram isso em várias cidades do interior e que nunca tinham sido pegos. Foi a primeira vez que eles vieram praticar o crime aqui em Jundiaí. O preço de cada pombo variava entre R$ 3 e 15 -- dependendo da cor e do tamanho -- e, segundo eles, cerca de 2.000 aves eram capturadas por mês”, concluiu o inspetor.
As armadilhas foram apreendidas e as aves devolvidas à natureza pelos guardas. Após a elaboração de um Termo Circunstanciado, os homens foram liberados. Os dois vão responder por crime ambiental. A reportagem tentou contatar a dupla, mas não teve retorno. O advogado deles também foi procurado, mas não retornou. O nome do clube de tiro não foi divulgado.
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