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Menino de três anos tem braço arrancado por centrífuga de roupas no RS

Lucas Azevedo

Colaboração para UOL, em Porto Alegre

16/09/2016 17h14

Um menino de três anos teve um dos braços decepado por uma centrífuga de roupas, em Uruguaiana (649 km de Porto Alegre), no oeste gaúcho. O acidente doméstico ocorreu na tarde dessa quinta-feira. À noite, o garoto foi levado a Porto Alegre para atendimento, mas os médicos descartaram a possibilidade de reimplante devido à gravidade dos ferimentos.
 
A criança, cuja identidade não foi divulgada, estava em casa, uma residência do bairro Cohab 1, quando houve o acidente. A Polícia Civil investiga o caso. Os responsáveis pelo menino ainda não foram ouvidos, mas, segundo perícia feita no local, a centrífuga funcionava sem tampa.
 
Conforme o titular da 1 delegacia de Polícia da Cidade, delegado Ênio Tassi, os peritos observaram que a máquina funcionava na parte externa da residência, sem tampa de proteção. O menino teria subido no equipamento e colocado dentro sua mão, que acabou presa pelas roupas que secavam. A força foi tamanha que o braço foi arrancado, na altura entre o ombro e o cotovelo.

Logo após o acidente, a criança foi socorrida e levada à Santa Casa de Caridade de Uruguiana. Depois de avaliarem o caso, os médicos pediram sua remoção para Porto Alegre. O garoto chegou de helicóptero do governo do RS ao Hospital de Pronto Socorro de Canoas, na Região Metropolitana, mas foi finalmente encaminhado ao HPS (Hospital Pronto Socorro), na capital, no início da madrugada.
 
A criança passou por cirurgia para conter o sangramento e, posteriormente, foi avaliada por uma junta médica, que acabou descartando a possibilidade de reimplantar do membro.
 
"Houve esmagamento do braço, com lesões e danos musculares e nervosos que impediram a realização do procedimento", salientou o secretário de Saúde do RS, João Gabbardo dos Reis. O menino permanecerá na capital, onde os médicos avaliam a colocação de uma prótese.
 
Segundo o delegado, o inquérito policial vai apurar se houve imprudência, imperícia e negligência dos responsáveis, o que pode ser estendido até o fabricante do aparelho.