Casal é preso suspeito da morte de empresário italiano em MT
A Justiça do Mato Grosso decretou nesta sexta-feira (14) a prisão temporária por 30 dias de um casal suspeito de participação no assassinato do empresário italiano Alessandro Carrega Dal Pozzo, 66. O casal foi detido após dois meses de investigações. Os nomes não foram revelados.
O corpo de Pozzo foi encontrado em sua casa, em Barra do Garças (MT), distante 515 quilômetros de Cuiabá, em 2 de agosto, em avançado estado de decomposição, com dois projéteis alojados na altura do tórax. A residência fica próxima a uma área de mata.
O local onde o corpo foi encontrado é próximo ao templo do “Vale do Amanhecer”, localizado no bairro Jardim Amazônia, no município. Até a sua identificação, o corpo encontrado foi considerado como indigente pela polícia.
O pedido de prisão foi feito pelo delegado adjunto de Barra do Garças, Adriano Alencar, que investiga o caso desde que o corpo do empresário foi identificado. Alencar disse que os nomes do homem e da mulher, bem como informações relativas ao caso, estão sob sigilo e não serão divulgados até o avanço das apurações.
Segundo o delegado, a prisão do casal foi necessária para não atrapalhar as investigações. “Assim que for concluído o inquérito, poderei dar mais detalhes, inclusive, a identidade dos suspeitos, caso seja confirmado o envolvimento deles”, disse Alencar.
Segundo o advogado Rafael Rabaioli, contratado pela família da vítima, um irmão do italiano chega ao país esta semana para acompanhar o trabalho da polícia. Rabaioli informou também que a única filha do empresário, uma garota de 11 anos, está sob tutela do Estado.
Pozzo, segundo o advogado, possuía diversas propriedades no Uruguai e no Brasil, inclusive em Barra do Garças, e se separou recentemente da mulher.
Por ter cidadania italiana, o consulado da Itália em São Paulo, que acompanha o caso, solicitou ao governo do Mato Grosso que acelere as investigações para apurar as causas que levaram ao assassinato do empresário. A Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura, que possui sede em Barra do Garças, também cobrou providências das autoridades para o esclarecimento do crime.
“Enquanto a polícia não avançar nas investigações, não podemos também dar mais detalhes do caso. Há mais de uma linha de investigação no inquérito que está sendo conduzido pela polícia”, disse o advogado.
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