Operação resgata 120 cães de raça com sinais de maus-tratos no interior de SP
Uma ação coordenada por três ONGs protetoras de animais resgatou nesta segunda-feira (7) mais de 120 cães de raça que viviam, segundo elas, em situação de maus-tratos em um canil clandestino que funcionava em uma chácara de Santo Antônio de Posse (a 138 quilômetros de São Paulo).
A operação, que contou com mandado judicial e teve apoio da Guarda Municipal, ocorreu após denúncia de uma cliente do canil. Ela desconfiou da situação ao comprar um filhote que estava tão doente que precisou de transfusão de sangue dias após a compra.
Ao chegarem ao local, que não tinha nem nome definido, os protetores encontraram os animais em condições degradantes. Sem ração, nem água, a maioria deles estava em baias divididas por raças, com sinais de doenças, fraqueza, ferimentos, sarnas e parasitas, como carrapatos e pulgas.
Algumas baias estavam superlotadas e os animais também apresentavam sinais de estresse, segundo informações das ONGs.
"Pelo menos 15 matrizes estão com infecção no útero por conta das várias crias seguidas. Vários filhotes estão doentes. E, nesse caso, todo o sofrimento, tanto provocado pelo estresse de estarem em ambientes confinados, quanto as doenças e os parasitas, são provocados simplesmente por falta de cuidado", disse a veterinária Bruna Campos, que disse ter constatado situação de descaso e abandono dos cães.
A protetora Aline Oliveira, da ONG Focinho Abandonado, que participa de resgates frequentemente, disse que nunca tinha visto nada parecido. "Não tenho palavras pra descrever. Foi o caso mais triste porque tinha muitas fêmeas prenhas e muitos filhotes, alguns com cerca de três dias e já infestados de carrapatos e doenças. Nunca vi tanto carrapato e mosca na vida. O cheiro era insuportável e o local era muito úmido, o que contribui para proliferação de fungos”, disse.
O local abrigava raças variadas, desde portes menores, como shitzu, até portes médios, como golden retriever. Todos os animais estão passando por atendimento em clínicas de Campinas.
Eles ficarão em dois locais provisórios e depois seguirão para lares temporários até que a Justiça decida o destino final deles.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo Antonio de Posse foi procurada, mas não foi encontrada para comentar o caso. A reportagem também ligou para o proprietário do canil, mas ele não quis se pronunciar.
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