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Polícia prende 3 suspeitos de amarrar e atirar em cão em João Pessoa

O cão foi batizado de "Lenin" - Divulgação
O cão foi batizado de "Lenin" Imagem: Divulgação

22/11/2016 20h29

Três homens foram presos, nesta terça-feira (22), suspeitos de terem atirado em um cão da raça Pitbull. Segundo a Polícia Civil, responsável pela prisão do trio, o cachorro foi amarrado em um poste e atingido por disparos de arma de fogo na semana passada, na zona oeste de João Pessoa (PB).

Dois dos suspeitos foram levados à Delegacia do Meio Ambiente, interrogados e liberados em seguida. Eles devem responder pelo crime de maus tratos a animais. O terceiro envolvido, apontado como autor dos disparos, será apresentado ainda hoje ao juiz da Vara da Infância e Juventude porque havia mandados de busca e apreensão em abertos da época em que ele era adolescente. A polícia pediu a prisão preventiva dele.

De acordo com o relato de um dos suspeitos à polícia, a intenção era apenas deixar o cachorro no poste para que um terceiro se sensibilizasse e o adotasse, para que o cachorro “tivesse um dono melhor”. Nesse momento, segundo o relato do envolvido (que era o dono do animal), o outro suspeito resolveu atirar no animal, que após ser resgatado foi batizado de Lenin pela ONG Missão Patinhas Felizes.

Em nota, a Polícia Civil da Paraíba informou que, de acordo com testemunhas e confissão de um dos investigados, o cão foi amarrado em um poste com sua própria coleira, momento no qual o suspeito efetuou dois disparos de armas de fogo. A polícia informou também que o laudo da perícia apontou a existência de dois ferimentos perfuro-contundentes na região da cabeça e outra próximo ao úmero (um dos ossos da perna) do animal. A arma utilizada foi um revólver calibre 38, segundo a perícia.

O cão, após resgatado, foi levado para uma clínica veterinária onde passou por cirurgia. O caso ocorreu na terça-feira (15). Na segunda-feira (21), Lenin teve alta. No Facebook, a ONG Missão Patinhas Felizes informou que o cachorro conseguiu um lar temporário no canil de um adestrador. “Lenin foi transportado sedado, pois após esses dias descobrimos que não se trata de um animal dócil, e não aceita mais carinhos! E para segurança das meninas houve a sedação”, dizia a postagem.