Após Exército, Força Nacional também começa a atuar na grande Vitória
Um dia após o governo federal ter autorizado a presença da Força Nacional no Espírito Santo, 80 agentes começaram a atuar na Grande Vitória nesta terça-feira (7). O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse na segunda (6) em Vitória que militares das Forças Armadas ficarão no Estado durante o "tempo necessário" para que a ordem seja restabelecida.
Os agentes deixaram o Ginásio Paulo Valiate Pimenta em comboio por volta das 15h. De acordo com a Secretaria de Segurança, a princípio eles irão substituir os militares que policiavam os terminais de ônibus, que irão passar a patrulhar as ruas da Grande Vitória.
No sábado (4), parentes de policiais militares do Espírito Santo montaram acampamento em frente a batalhões da corporação em todo o Estado. Eles reivindicam melhores salários e condições de trabalho para os profissionais. Desde então, sem patrulhamento nas ruas, uma onda de violência tomou diversas cidades.
A Justiça do Espírito Santo declarou ilegal o movimento dos familiares dos PMs. Segundo o desembargador Robson Luiz Albanez, a proibição de saída dos policiais caracteriza uma tentativa de greve por parte deles.
A Constituição não permite que militares façam greve. As associações que representam os policiais deverão pagar multa de R$ 100 mil caso a decisão seja descumprida.
A ACS-ES (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo) afirma não ter relação com o movimento. De acordo com o cabo Thiago Bicalho, do 7º Batalhão da Polícia Militar do Estado e diretor Social e de Relações Públicas da associação, os policiais capixabas estão há sete anos sem aumento, e há três anos não se repõe no salário a perda pela inflação.
Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, as negociações sobre salários e condições de trabalho de policiais serão feitas apenas quando o patrulhamento na rua for retomado e a situação estiver controlada.
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