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Quais são as reivindicações das famílias que ameaçam parar PM do Rio

Reivindicações da familiares de PMs que tentam impedir o patrulhamento nas ruas do Rio de Janeiro - Pedro Ivo de Almeida/UOL
Reivindicações da familiares de PMs que tentam impedir o patrulhamento nas ruas do Rio de Janeiro Imagem: Pedro Ivo de Almeida/UOL

Carolina Farias

Colaboração para o UOL, no Rio

10/02/2017 12h17Atualizada em 10/02/2017 14h33

O movimento das famílias que tentam impedir a saída dos policiais de batalhões no Estado do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (10) reivindica, em nome dos PMs, uma lista de condições para encerrarem o bloqueio.

Entre os principais motivos que encabeçam a revolta dos familiares estão o atraso do 13º salário e do RAS (Regime Adicional de Serviço) das Olimpíadas, que ainda não foram pagos.

O RAS é a hora extra feita a fim de reforçar o efetivo de batalhões, delegacias, quartéis dos bombeiros e unidades prisionais.

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Cartaz colocado na frente do 3º Batalhão, no Méier, zona norte, pede o pagamento das horas extras das Olimpíadas
Imagem: Pedro Ivo de Almeida/UOL

Policiais ouvidos pelo UOL na manifestação de quinta-feira (9) na Alerj (Assembleia do Estado do Rio de Janeiro) afirmam que não receberam esse bônus pelo trabalho realizado entre julho e setembro.

“Trabalhamos de graça”, disse um dos policiais, na ocasião.

A categoria, que não pode fazer greve, não pede aumento dos salários. Eles reivindicam, além do RAS e 13º, o pagamento dos salários em dia, já que os atrasos ocorrem há pelo menos um ano, e melhores condições de trabalho.

salários - Vinicius Castro/UOL - Vinicius Castro/UOL
Imagem: Vinicius Castro/UOL

“Todo mês o salário atrasa. Não temos equipamentos, como coletes. Nosso equipamento bélico é inferior ao de quem enfrentamos. Nossas escalas são ruins”, declarou um dos PMs.

Os policiais pedem escalas de 48 ou 72 horas de folga por 12 trabalhadas, viaturas blindadas, coletes à prova de balas e melhoria no convênio médico.

Nesta sexta, o movimento dos familiares na frente dos batalhões segue pacífico. Eles se posionam na frente de vários batalhões, mas somente no 6º BPM (Batalhão de Polícia Militar), na Tijuca, a situação era mais tensa, com bloqueio total da saída dos policiais.

Familiares se mobilizaram desde a 0h e não permitem que os PMs deixem a unidade desde as 6h. Alguns policiais que tentaram sair à paisana chegaram a ser revistados para que não saíssem com a farda na mochila no início do bloqueio, mas pouco tempo depois a saída foi proibida.

O 13º e o RAS Olímpico não têm previsão de serem pagos, segundo a Secretaria da Fazenda. Os depósitos não foram feitos até o momento em virtude do agravamento da crise financeira.

Já o pagamento dos salários de todos os servidores da Segurança, incluindo policiais militares, está em dia. O calendário oficial de pagamento do Estado do Rio estabelece que os depósitos sejam feitos até o 10º dia útil. E conforme anunciado esta semana pelo governador Luiz Fernando Pezão, o pagamento de janeiro da Segurança será feito no dia 14, ou seja, 10º dia útil.