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Briga de facções deixa 5 presos mortos no maior presídio de Goiás

Familiares de presos se reúnem em frente à Penitenciária Odenir Guimarães, em Goiás - Marcos de Souza/Brazil Photo Press/Folhapress
Familiares de presos se reúnem em frente à Penitenciária Odenir Guimarães, em Goiás Imagem: Marcos de Souza/Brazil Photo Press/Folhapress

Lourdes Souza

Colaboração para o UOL, de Goiânia

23/02/2017 18h53Atualizada em 23/02/2017 23h43

Cinco presos morreram nesta quinta-feira (23) durante uma briga de facções no maior presídio de Goiás, segundo o Corpo de Bombeiros. Durante o confronto entre os detentos das alas A, B e C da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, outras 35 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para os hospitais de urgência de Goiânia e Aparecida.

Segundo o secretário da SSPAP (Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária), coronel Edson Costa, a situação no presídio está controlada e o confronto se iniciou por desavenças entre os presos. Em entrevista coletiva, ele informou que, dos 35 detentos feridos, 11 já retornaram para a penitenciária. Oito estariam em estado grave. 

"Nenhuma das mortes ou ferimentos foram causados pela intervenção das forças policiais, mas pelos próprios detentos", disse. Ele também confirmou que não há reféns dentro do presídio.

Ao longo do dia, os presos trocaram tiros, fizeram reféns e atearam fogo nas alas da penitenciária. As causas do confronto ainda não foram esclarecidas pela SSPAP. Um dos mortos foi decapitado. As imagens do corpo sem a cabeça e perfurado circularam por celulares dos agentes de segurança e policiais na tarde desta quinta. 

O primeiro morto a ser identificado foi Thiago César de Souza, 32, conhecido como Thiago Topete. Condenado por tráfico de drogas, ele comandava facções dentro e fora do presídio e era apontado como um dos principais chefes do tráfico em Goiânia.

Dentro do presídio, ele chegou a construir um motel com 112 quartos e cobrava taxas para as visitas íntimas. Segundo informações da SSPAP, a construção foi demolida em 2015.

Após o anúncio da morte de Topete, mensagens com ameaças de retaliações começaram a ser veiculadas nas redes sociais e via Whatsapp. A polícia ainda não confirmou a veracidade das mensagens.

Além de Topete, o Corpo de Bombeiros confirmou a identidade de mais dois mortos no conflito, William Seixas Silva Barbosa e Alexandre Batista França. Os outros dois ainda não foram identificados.

A assessoria de imprensa da SSPAP informa que a situação está controlada e policiais fazem varreduras nas alas em busca de armas e celulares.