Polícia identifica 4 suspeitos de estupro coletivo no Rio; vítima de 12 anos é ouvida em hospital
A adolescente de 12 anos vítima de um estupro coletivo na Baixada Fluminense é ouvida nesta segunda-feira (8) pela Polícia Civil no Caac (Centro de Atendimento ao Adolescente e à Criança), uma unidade especial dentro do Hospital Souza Aguiar. No local, a menina será submetida a entrevista especial --um policial civil treinado conversa com a vítima. Os investigadores identificaram ao menos quatro suspeitos de envolvimento no crime, ocorrido no dia 30 de abril.
"Esse atendimento é para evitar a revitimização. Mas ela pode também não querer falar", explicou o delegado assistente da Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), Rodrigo Moreira. A conversa é gravada e o material será anexado ao inquérito.
A Dcav não divulga o município onde o crime ocorreu para preservar a vítima.
Além de ouvir a jovem e fazer exames de corpo de delito e exames de DST, a Dcav identificou dois grupos fechados em redes sociais que compartilharam o vídeo em que a garota aparece sofrendo a violência. Páginas que ofereciam o vídeo estão sendo identificadas. O caso começou a ser investigado na última sexta-feira (5) após a divulgação das imagens em grupos de WhatsApp.
"Pedimos ao Facebook para congelar essas páginas. Tudo o que foi feito antes do congelamento não poderá ser mudado. Mas a quantidade dos compartilhamentos do WhatsApp nós não temos", afirmou Moreira.
Os quatro jovens que aparecem no vídeo cometendo a violência foram identificados pela polícia por seus apelidos. A polícia não deu detalhes como a idade dos suspeitos ou a relação deles com a vítima. Segundo o delegado, há dúvida em relação a quem gravou a violência.
"Podem ser cinco pessoas ou mesmo quatro, já que aquele que filma vira a câmera para si em um momento", explicou o delegado.
Parentes da jovem também devem ser ouvidos nesta segunda.
Programa de proteção
A família da adolescente aceitou integrar o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. A Secretaria de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos ofereceu o programa à família da jovem nesta segunda. A adolescente será encaminhada para um local sigiloso onde será fornecida à família assistência jurídica, social e psicológica.
“Não podemos banalizar a violência. A vítima é uma criança que precisa ser protegida e orientada. Foi machismo, foi abuso sexual e psicológico o que essa jovem sofreu”, disse o secretário Átila Nunes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.