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Após rebelião com 9 mortos, Cármen Lúcia exige inspeção em presídio de Goiás

Imagem mostra fumaça após rebelião em presídio de Aparecida de Goiânia - Divulgação/Sinsep-GO
Imagem mostra fumaça após rebelião em presídio de Aparecida de Goiânia Imagem: Divulgação/Sinsep-GO

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

02/01/2018 16h40

Após a ocorrência de uma rebelião entre os presos, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) exigiu que a Justiça de Goiás realize uma inspeção no presídio de Aparecida de Goiânia, apresente relatório em 48 horas sobre as condições dos detidos e da cadeia e informe as providências adotadas pelo Judiciário.

O pedido consta de ofício enviado nesta terça-feira (2) pela presidente do CNJ e do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, ao presidente do TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás), desembargador Gilberto Marques Filho.

Rebelião presídio - Divulgação/Sinsep-GO - Divulgação/Sinsep-GO
Foto mostra destruição após rebelião em presídio
Imagem: Divulgação/Sinsep-GO

No documento, Cármen Lúcia também pede que seja enviado ao CNJ os resultados da última inspeção realizada no presídio.

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A rebelião deixou nove detentos mortos e outros 14 feridos, além de ao menos 99 ainda foragidos, de acordo com a Seap-GO (Superintendência de Administração Penitenciária de Goiás). A motivação para a rebelião ainda não está clara.

A rebelião começou por volta das 14h de segunda-feira (1º), quando presos da ala C da colônia invadiram as alas A, B e D. Estas alas abrigam detentos do chamado grupo dos "bloqueados" --os que cumprem pena em regime fechado.

A SSPAP (Segurança Pública e Administração Penitenciária) de Goiás informou que já disponibilizou o presídio para ser vistoriado em qualquer horário. Também afirmou que o próprio Tribunal de Justiça do Estado marcou a vistoria para essa quarta-feira (02), às 8h30. Além de assegurar que o presídio de Aparecida de Goiânia passou por revista padrão, no final de outubro de 2017.