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Dois dias depois de temporal, Rio ainda tem falta de luz e bloqueios de vias

Imagem: Arquivo pessoal

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

17/02/2018 12h13

Mais de 48 horas após o temporal que atingiu o Rio de Janeiro, cariocas ainda sofrem as consequências da chuva. Ausência de energia e de água, ruas interditadas devido à queda de árvores e postes, vias alagadas são algumas das ocorrências que persistem na cidade. Os bairros de Bangu, Padre Miguel, Realengo, Ramos e Ilha do Governador, nas zonas oeste e norte do Rio, permanecem sem energia.

O médico Luis Pimentel, morador da Ilha, diz que a falta de luz acarretou falta de água no prédio onde mora. “Sem energia a bomba não funciona. Todo mundo consumindo água desde quinta, sem luz. Agora acabou. A situação é que estamos sem luz, sem água, sem conseguir se movimentar. Muitas árvores seguem caídas por aqui”, contou.

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Moradores ainda enfrentam dificuldades para se locomover na região. Neste sábado (17), a Estrada do Galeão teve um sentido interditado por causa da queda de uma nova árvore na região. “Está impossível circular aqui. Todo dia cai uma árvore diferente e elas não são retiradas”, disse Pimentel.

De acordo com balanço da Comlurb (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), apenas 47% das ocorrências relativas à queda de árvores e remoção de luxo foram concluídas até este sábado. 

O advogado Fabio Luiz relatou problemas com o fornecimento de energia em Ramos, na zona norte. “A luz voltou em parte da minha rua. Minha quadra ainda está sem. Tive que ir para a casa da minha mãe em Olaria. Estou indo para o terceiro dia sem energia”, reclama.

A Light [concessionária de energia] chamou de casos pontuais os clientes que permanecem sem energia e informou que técnicos continuam nas ruas para restabelecer o fornecimento. A empresa informou em nota que o serviço segue interrompido para 2,5% de clientes.

Para solucionar os problemas, a Light disse que aumentou 1.500 para cerca de 2.000 o número de profissionais em campo de, totalizando 400 equipes nas ruas.

Protestos se espalharam pela cidade

Na quinta e na sexta-feira, moradores de vários bairros interditaram vias para protestar contra a falta de energia. Na quinta, moradores da Gardênia Azul e da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, bloquearam a avenida Ayrton Senna nos dois sentidos. A manifestação aconteceu na altura da Cidade de Deus, e barricadas com fogo montadas no local assustaram motoristas.

Nesta sexta-feira, a avenida Brasil – principal via da cidade – foi bloqueada na altura da Vila Kennedy, na zona oeste. Policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas foram acionados e reforçaram o policiamento no trecho. Moradores também interditaram a via na altura de Ramos, o que provocou um longo congestionamento.

Na avenida Santa Cruz, em Senador Camará, também na zona oeste, o trânsito também foi interrompido, e moradores atearam fogo a pedaços de madeira no protesto.

Também houve manifestação de moradores na avenida Marechal Rondon, no Maracanã, na zona norte, entre outros pontos da cidade.

Chuva deixou quatro mortos

A chuva que começou a atingir a cidade na noite da última quarta-feira (14) deixou quatro pessoas mortas. Um homem e uma mulher estavam em casa e foram atingidos por um deslizamento de terra em Quintino. Em Realengo, um policial militar teve o carro atingido por uma árvore enquanto ia para ao trabalho e morreu no local. Em Cascadura, a vítima foi um adolescente de 12 anos.

A chuva chegou a deixar 1.500 mil pessoas desalojadas e a derrubar um trecho da ciclovia Tim Maia, na zona oeste. A prefeitura recomendou que a população evitasse circular na cidade na manhã da última quinta.

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