Marielle e Anderson são homenageados em atos no Rio e em São Paulo
Demétrio Vecchioli e Marina Lang
Do UOL, em São Paulo e colaboração para o UOL, no Rio
18/03/2018 17h53Atualizada em 18/03/2018 18h34
Manifestantes foram às ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro neste domingo (18) para protestar contra o assassinato da vereadora do PSOL carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, mortos a tiros na noite da última quarta-feira (16).
No Rio, o ato aconteceu no complexo da Maré, zona norte da cidade, onde Marielle nasceu. Em São Paulo, manifestantes se reuniram na avenida Paulista. A Polícia Militar não estimou o número de manifestantes nas duas cidades.
Além de cobrar uma solução para o caso, os manifestantes também protestaram contra a intervenção federal na Segurança Pública do Rio, que completa um mês neste domingo. Gritos de “Fora, Temer” também foram ouvidos em São Paulo.
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No Rio, o ato foi organizado por moradores da Maré, políticos do PSOL e algumas personalidades, como o apresentador Marcelo Adnet, da Rede Globo.
Sob gritos de "Marielle: presente! Anderson: presente! Hoje e sempre", o protesto na Maré começou por volta das 13h e terminou por volta de 16h30.
"Duplo homicídio com fake News”
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que vai continuar cobrando das autoridades o esclarecimento do crime. Representantes da Comissão de Intervenção da Câmara dos Deputados têm um encontro na manhã desta segunda com o interventor, general Antônio Braga Neto.
"Esses imbecis, togados ou não, que tentam de alguma forma matar a Marielle de novo, não vão conseguir. A Marielle neste momento está sofrendo duplo homicídio. Não basta o covarde que apertou o gatilho. Ainda tem covarde de plantão que não está preparado para julgar, só está preparado para pré-julgar, o que mostra uma incompetência para estar dentro do Judiciário", disse Freixo ao citar boatos que circulam pelas redes sociais.
Neste sábado, o UOL revelou que o PSOL vai processar a desembargadora Marília Castro Neves, que afirmou, em rede social, que Marielle havia sido eleita pelo Comando Vermelho. A reportagem também informou que uma representação contra ela será feita no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).