Protesto em Copacabana lembra 1 ano da morte de adolescente em escola
Em memória à estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, 13, atingida por três disparos de fuzil quando tomava água em um bebedouro no pátio da escola onde estudava, em Acari, zona norte do Rio de Janeiro, em 30 de março do ano passado, a ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informações Públicas da ONU, realiza nesta sexta-feira (30) um ato na praia de Copacabana, zona sul do Rio, com faixas e um varal com roupas de criança penduradas.
O protesto também chama a atenção para as mortes de outras crianças vítimas de armas de fogo no estado.
A jovem estava na aula de educação física da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza quando foi atingida, duas vezes na cabeça e uma vez no quadril. Na mesma ocasião, dois policiais foram flagrados em vídeo atirando em suspeitos no chão --os homens morreram. Os policiais foram identificados como sendo do 41º BPM (Batalhão da Polícia Militar), que se mantém entre os batalhões mais letais do Estado.
Uma investigação da Polícia Civil identificou que os tiros que mataram Maria Eduarda, atravessando os muros da escola, partiram da arma do PM Fabio de Barros Dias, do 41º BPM, denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso (quando há intenção de matar). Ele responde ao processo preso e teve em fevereiro um pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça.
Entre abril e janeiro, dado mais recente disponibilizado pela Secretaria de Segurança, foram registradas 85 mortes envolvendo policiais do batalhão. No mesmo período, o 23º BPM, responsável pelo policiamento dos bairros de Ipanema, Leblon e Arpoador, na zona sul da cidade, teve 26 homicídios decorrentes de intervenção policial; na área de Botafogo e do Aterro do Flamengo, foram seis.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.