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Defesa diz que "Dr. Bumbum" irá se entregar após negociação com a polícia

O médico Denis César Barros Furtado, conhecido como "Doutor Bumbum" - Reprodução/Facebook
O médico Denis César Barros Furtado, conhecido como "Doutor Bumbum" Imagem: Reprodução/Facebook

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

18/07/2018 22h07

A defesa de Denis César Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, disse nesta quarta-feira (18) que vai negociar com a polícia para que o médico se entregue, mas não deu maiores detalhes sobre quando ou onde isso aconteceria.

Furtado e sua mãe, Maria de Fátima Barros Furtado, são investigados pela morte da bancária Lilian Calixto, que faleceu na madrugada de domingo (15) após ter sido submetida a um procedimento estético realizado no apartamento do médico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Os dois tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Até as 21h desta quarta, eles eram considerados foragidos.

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Em entrevista coletiva concedida a jornalistas na tarde desta quarta em Brasília, a advogada Naiara Baldanza voltou a dizer que julgar Furtado como culpado pela "fatalidade" ocorrida com a paciente é "precoce". Segundo ela, o médico ainda não se entregou à polícia por problemas de saúde.

“Ele está sofrendo um grande impacto emocional, ele começou a desenvolver uma síndrome do pânico. Então há um motivo pelo qual existe uma dificuldade, nesse momento, para que ele se apresente, e não é o motivo de obstaculizar o trabalho da Justiça”, afirmou a advogada.

A advogada disse ainda que existem “muitas pessoas satisfeitas” com o trabalho realizado pelo médico, mas que “lamentavelmente, dentro de qualquer profissão, sempre vão existir pessoas em que situações não acontecem como o previsto”.

“Existe um grupo de WhatsApp que é formado por uma série de clientes dele, e eu percebo como ele é extremamente querido por essas clientes”, afirmou a advogada.

“A mídia explora uma situação como essa, o que é compreensível, e muitas vezes a própria população se comove por situações que acontecem, tomam partido, mas sem saber exatamente como os fatos aconteceram”, disse.

Segundo ela, é preciso “ter a capacidade de ter a imparcialidade até que os fatos sejam esclarecidos pela própria polícia”.

A advogada voltou a afirmar que Lilian não apresentou “nenhum tipo de complicação durante o procedimento estético” e que Furtado a acompanhou até o hospital após receber uma ligação telefônica dela, quando a bancária já se encontrava no hotel onde estava hospedada. Lilian morava em Cuiabá e foi ao Rio de Janeiro apenas para a realização do procedimento estético nos glúteos.

“O desejo dele, inclusive, era permanecer no hospital. Mas, segundo a informação que ele me passou, o hospital não permitiu”, disse. Questionada sobre o porquê de o médico ter deixado o hospital levando os documentos de Lilian, a advogada não respondeu e afirmou que “algumas questões vão ser tratadas no processo”.

Ela também se absteve de responder quando perguntada se é comum, por parte de Furtado, a realização de procedimentos estéticos dentro de uma residência, e não em um hospital.

Furtado tem registro em Goiás e em Brasília e não poderia atuar profissionalmente no Rio sem autorização do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro), que informou que vai investigar o caso.

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