Mãe de menino baleado no Rio pede justiça contra policial: "ele não é um ser humano"
“Um homem que atira em um menino só porque ele estava fazendo barulho não é um ser humano, é um animal e tem que ficar atrás das grades. Eu quero justiça”, afirmou nesta quinta-feira (19) a copeira Élida Cristina, 33, no funeral de seu filho de 16 anos, morto por um tiro que teria sido disparado por um policial de folga em um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro.
Ryan Teixeira do Nascimento saiu de um jogo de futebol com os amigos por volta das 22h de terça-feira (17) no bairro de Magalhães Bastos, na zona oeste carioca. Como faziam usualmente, após a partida, foram brincar no telhado de um posto de saúde próximo ao campo.
Incomodado com o barulho feito pelos adolescentes, um cabo da Polícia Militar que mora nas proximidades teria efetuado ao menos um disparo de arma de fogo em direção aos jovens.
“Eles saíram todos correndo e o PM foi atrás. Quando achou eles na rua, levantou as camisas deles para ver se estavam armados e depois mandou eles darem pulinhos, não sei o porquê. Isso foi o que as pessoas que estavam na rua nos contaram. Eu acho que, naquele momento, ele ainda não sabia que tinha matado o Ryan, porque entrou em casa calmamente e nem tentou fugir”, disse o auxiliar de pedreiro Celso Teixeira, 56, avô da vítima.
O PM suspeito é o cabo Pedro Henrique Machado de Sá, que foi preso em flagrante após o crime. A Polícia Civil afirmou na ocasião que o assassinato foi agravado pelo fato de o autor ter agido por motivo fútil. O UOL não conseguiu entrar em contato com a defesa dele.
“A justiça divina eu tenho certeza que já está sendo feita, agora eu quero ver se a justiça dos homens também vai ser feita”, disse Élida.
Dezenas de amigos e parentes do jovem compareceram ao sepultamento no cemitério Ricardo de Albuquerque na tarde desta quinta-feira (19). Muitos usavam camisetas com a foto dele ou carregavam faixas e cartazes pedindo que o crime não fique impune.
"O que fizeram com o meu neto foi uma grande covardia, mas não tenho raiva dele, tenho pena", disse Teixeira.
Futebol
Segundo seu avô, Ryan sonhava em ser jogador de futebol. Ele frequentava a Escola Municipal Guimarães Rosa, em Magalhães Bastos, e estava no primeiro ano do ensino médio.
O jovem frequentava um projeto social para aprender futebol, mas não era muito assíduo. "Ele gostava mesmo é de jogar, queria ser jogador profissional, mas mandavam fazer exercícios e ele não gostava. Mas era um menino muito bom, vai fazer muita falta", disse.
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