Polícia investiga como uso de cocaína influenciou em morte de adolescente no DF
A polícia trabalha com duas hipóteses ao investigar a morte do estudante Charles de Souza Bezerra, de 13 anos, assassinado a pauladas e facadas por colegas de escola no Parque do Cortado, em Taguatinga, no Distrito Federal. Ambas as possibilidades envolvem o uso de cocaína. Bezerra, que tinha problemas psiquiátricos, também teve o corpo incendiado. O adolescente foi encontrado ainda com vida por um casal que passava pelo local na última quinta-feira (23).
A primeira suposição é de que o adolescente tenha sido morto após ver os colegas usando cocaína e por ter dito que viu a alguém. Já a segunda hipótese, segundo o chefe da Delegacia da Criança e do Adolescente II, é de que Bezerra teria usado a droga na companhia dos outros adolescentes e tido um surto devido aos efeitos do entorpecente. Após isso, foi morto pelos colegas.
A última linha de investigação se baseia no depoimento de um dos três menores apreendidos, que afirmou à polícia não ter participado do crime. De acordo com o delegado Juvenal dos Santos Júnior, que investiga o caso, o menino de 14 anos afirmou que foram três jovens convidaram a vítima e mais um colega para tomar banho de cachoeira no parque. Segundo o depoimento, os três usaram cocaína e atravessaram a ponte do parque.
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Como o local está fechado para visitação, um dos vigias chamou a atenção do grupo. Com medo, o adolescente, de 14 anos e o colega decidiram fugir. "Na delegacia, eles relataram que ouviram um deles dizer: 'Vamos matar logo ele, acabar logo com isso'. Também contaram que ouviram a vítima gritar de dor. Só que, com medo, decidiram ir para casa", disse o delegado.
Quando a Polícia Civil apreendeu os três adolescentes na última quinta-feira (30), a corporação acreditava que a vítima pretendia tomar banho no córrego do parque, quando foi seguida pelos adolescentes, que estudavam na mesma escola da vítima.
O adolescente que seria o autor do crime e outro jovem ainda estão foragidos. Segundo a polícia, familiares da vítima e testemunhas devem ser ouvidas na próxima semana.
Os envolvidos vão responder pelo crime análogo ao homicídio e podem ficar até três anos em unidades de internação.
A curto prazo, o futuro dos envolvidos será definido pelo Núcleo de Apoio ao Atendimento Integrado Judicial ao Adolescente em Conflito com a Lei - NAIJUD, que pode optar por uma internação provisória até que o caso seja julgado pela Vara da Infância e da Juventude.
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