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Brumadinho: nº de mortos vai a 176; um corpo é encontrado em almoxarifado

21.02.2019 - Trabalho de buscas continua em Brumadinho (MG) - Diogo Antunes/Estadão Conteúdo
21.02.2019 - Trabalho de buscas continua em Brumadinho (MG) Imagem: Diogo Antunes/Estadão Conteúdo

Marcela Leite

Do UOL, em São Paulo

21/02/2019 20h19

Aumentou para 176 o número de mortos devido ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG), de acordo com balanço divulgado hoje pela Defesa Civil de Minas Gerais e confirmado pelo Corpo de Bombeiros. O órgão também informou que todos os corpos encontrados foram identificados e que 134 pessoas ainda estão desaparecidas.

Ainda hoje, os militares encontraram o que eles acreditam ser um almoxarifado da Vale. "Localizamos uma espécie de almoxarifado da Vale, soterrado. Estamos removendo a lama. Há indícios de corpos sob a estrutura", afirmou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Questionada pela reportagem se a atualização do número de mortos tem relação com a descoberta recente, a assessoria de imprensa dos bombeiros informou que não podia fazer essa correlação, mas que, em geral, a Defesa Civil atualiza os dados apenas quando os mortos chegam ao IML (Instituto Médico Legal).

Ainda segundo os bombeiros, até o momento foi localizado e retirado um corpo que estava nas imediações do almoxarifado, mas não há confirmação se ele já consta da lista oficial de mortos. Escavações continuam no local e devem prosseguir amanhã.

O Corpo de Bombeiros do estado informou que 140 militares acompanhados de três cães farejadores atuam nas buscas da região. São usadas também 44 máquinas pesadas para auxiliar no trabalho dos militares. As aeronaves não sobrevoaram a área devido às chuvas e aguardam "condições climáticas favoráveis, segundo os bombeiros. 

No último levantamento divulgado na última quarta-feira (20), o número de mortos era de 171.

Cães farejadores ajudam bombeiros nas buscas por vítimas

UOL Notícias

Uso de drones

A partir de hoje, os bombeiros passaram a usar seis drones para apoio no trabalho de localização de vítimas. Os equipamentos foram apelidados de "vespas" (veículo especial de suporte e prevenção aérea).

"Os equipamentos possuem câmera termal, que permite a visualização de diferentes temperaturas, permitindo visualizar pessoas, animais, e objetos com maior precisão", diz a corporação em nota.

Os drones também possuem luzes anticolisão, para voo coordenado com helicópteros e aviões, lanterna para iluminação de locais de difícil acesso e um sistema de som que permite que o operador envie áudios para orientar pessoas que estejam próximas ao drone. Segundo o comunicado, o uso do dispositivo reduz a necessidade de voos com helicópteros, liberando as aeronaves para outros atendimentos.