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Brumadinho: exame mostra alumínio "alterado" em sangue de bombeiros

14.fev.2019 - Bombeiros realizam trabalhos de buscas e resgate em Brumadinho - Roberio Fernandes/Futura Press/Estadão Conteúdo
14.fev.2019 - Bombeiros realizam trabalhos de buscas e resgate em Brumadinho Imagem: Roberio Fernandes/Futura Press/Estadão Conteúdo

Alex Tajra e Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

19/02/2019 22h08Atualizada em 19/02/2019 22h51

Quatro exames feitos em bombeiros que trabalharam nas buscas e resgates após a tragédia de Brumadinho (MG) mostraram "alteração" na quantidade de alumínio e cobre no sangue, informou hoje o governo mineiro em nota. O comunicado não deixa claro quantos exames foram realizados até o momento e também não dá detalhes sobre as alterações.

"Até o momento foram detectados três exames alterados para o parâmetro alumínio no sangue. Cabe esclarecer que a alteração nesse parâmetro não significa intoxicação aguda por esse metal e essas pessoas permanecem assintomáticas e seguindo o protocolo de monitoramento de sua saúde. É esperado que, após a interrupção da exposição, os níveis de metal no organismo sejam normalizados", diz a nota. O monitoramento foi feito por meio da dosagem de metais no sangue e urina. Foram detectados três exames alterados para alumínio e um exame para cobre.

Quase um mês após o rompimento da barragem da Vale, equipes de buscas continuam em ação em Brumadinho. Hoje, de acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 181 bombeiros mineiros e de outros estados participaram dos trabalhos.

Segundo o governo mineiro, análises de amostras da lama da barragem da Vale detectaram "metais que já haviam sido identificados na água do rio Paraopeba" -- para onde a lama da barragem de rejeitos de mineração desceu.

No caminho até o rio, a lama deixou 169 mortos e 141 desaparecidos, segundo números divulgados ontem pela Defesa Civil. Residências, comércios, pousadas e plantações foram destruídos, e a água do rio Paraopeba está inutilizável em boa parte de seus 546 km de extensão.

Já em 31 de janeiro, seis dias após a tragédia, o governo de Minas passou a não indicar o uso da "água bruta do rio Paraopeba para qualquer finalidade, até que a situação seja normalizada".

"Qualquer pessoa que tenha tido contato com a água bruta do rio Paraopeba --após a chegada da pluma de rejeitos-- ou ingerido alimentos que também tiveram esse contato e apresentar náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira ou outros sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próxima e informar sobre esse contato", disse o governo na ocasião.

Na semana passada, a Vale informou que estava fornecendo água para agricultores e famílias mapeadas pela empresa, pela Secretaria de Agricultura de Brumadinho e pela Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) em nove cidades mineiras. 

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