Três prédios próximos aos que desabaram serão demolidos, diz secretário
Marina Lang
Colaboração para o UOL, no Rio
12/04/2019 18h31
O secretário municipal de Infraestrutura e Habitação do Rio de Janeiro, Sebastião Bruno, informou, na tarde de hoje que três prédios nos arredores dos outros dois que desabaram nesta manhã foram interditados pelo risco de desabamento e serão demolidos. Ao menos três pessoas morreram na tragédia.
Os moradores serão realocados por meio do programa da prefeitura chamado Aluguel Social. O secretário informou ainda que o prefeito do Rio, Marcello Crivella (PRB), está em contato com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a fim de obter financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida para essas pessoas.
Bruno esteve no local em que os prédios desabaram na Muzema, na zona oeste do Rio. Ele disse que, antes da demolição, será feito o escoramento de dois edifícios imediatamente ao lado, cujas estruturas estão abaladas pelos desabamentos.
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"O cenário é desolador. Dois prédios vieram à ruína. Há necessidade de fazer escoramento em dois prédios, um abaixo à esquerda e outro acima à direita dos dois blocos que desabaram, porque quando desabaram, eles forçaram a estrutura desses dois prédios", afirmou.
"Tão logo os bombeiros liberem a área e tirem todas as pessoas que ainda estejam sob escombros, os prédios serão demolidos", declarou.
Um terceiro prédio também foi interditado e será demolido -um pouco mais acima das construções que desabaram-, e vários serão analisados e vistoriados.
"Esses prédios não oferecem segurança a quem comprou apartamento porque foram feitos sem licenciamento", disse o secretário.
A prefeitura interditou os prédios em novembro, disse ele. "A prefeitura vem travando uma batalha com eles desde 2005. A gente embarga, tapuma e eles invadem e continuam lá", afirmou Bruno.
Interdição
Um dos prédios que desabou tinha cinco andares, e o outro, três. Cada andar tinha quatro apartamentos.
A construção dos prédios não foi autorizada pelos órgãos fiscalizadores, segundo a prefeitura do Rio, que afirma que as obras chegaram a ser interditadas em 2018. O governo municipal diz que a região é controlada por milícias, o que dificulta a entrada de fiscais.