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Grupo é preso suspeito de se disfarçar de PMs para roubar casas e comércios

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

24/09/2019 15h51

A Polícia Civil prendeu hoje no Distrito Federal supostos integrantes de uma organização criminosa suspeitos de se passarem por falsos policiais.

Segundo a investigação, os suspeitos se disfarçavam para assaltar comércios e casas. O grupo também é suspeito de tentativas de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

A prisão de Matheus Lopes Gadelha, 21, apontado como líder do grupo, desencadeou a detenção dos outros suspeitos. No celular dele, preso por suspeita de homicídio, estavam vídeos e fotos dos suspeitos utilizando camisetas e broches da Polícia, segurando armas e mostrando dinheiro. Lopes Gadelha também guardava algemas em casa.

Suspeita de integrar quadrilha no DF é vista em foto lambendo uma arma - Divulgação/Polícia Civil - Divulgação/Polícia Civil
Suspeita de integrar quadrilha no DF é vista em foto lambendo uma arma
Imagem: Divulgação/Polícia Civil
Além dele, foram presos: Rodrigo dos Santos de Holanda, 34; Amanda Cristiana Aguiar Lopes, 21; Diego Jacobina Oliveira, 21. Wender Pereira Coimbra Júnior, de 19 anos, está foragido.

O delegado Diego Castro disse ao UOL que os suspeitos chegavam aos estabelecimentos comerciais e às residências dizendo cumprir mandados de busca e apreensão. Há registros de vítimas em mais de cinco regiões administrativas do Distrito Federal.

"Em um dos casos, o grupo conseguiu R$ 50 mil. Eles sempre abordavam as vítimas com uma arma no punho. Quando elas abriam as casas ou comércios, eles anunciavam o assalto. Agora, vão responder por organização criminosa, roubo, entre outros crimes", disse o delegado.

Armas, algemas, celulares e dinheiro apreendidos com grupo suspeito de integrar quadrilha no DF - Divulgação/Polícia Civil - Divulgação/Polícia Civil
Armas, algemas, celulares e dinheiro apreendidos com grupo suspeito
Imagem: Divulgação/Polícia Civil
O grupo também é suspeito de assaltar caixas eletrônicos. Em junho deste ano, houve uma tentativa de latrocínio, segundo o delegado. Os criminosos chegaram a atirar quatro vezes contra a vítima que se recusou a abrir a casa para os falsos policiais.

Em uma das imagens apreendidas no celular de Gadelha, dois suspeitos aparecem mascarados e segurando armas. Um deles diz que "descendo para pista". Segundo o delegado, trata-se de uma gíria para indicar assalto. Em outras gravações, os integrantes aparecem ostentando armas, notas de dinheiro e vestidos com camisetas da PCDF.