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Chefe do tráfico é preso suspeito de lavar R$ 1 mi com empresa, diz polícia

Fábio Pinto dos Santos, conhecido com Fabinho São João, foi preso hoje na operação Disk-Gás da Polícia Civil do Rio - Reprodução/TV Globo
Fábio Pinto dos Santos, conhecido com Fabinho São João, foi preso hoje na operação Disk-Gás da Polícia Civil do Rio Imagem: Reprodução/TV Globo

Carolina Marins

Do UOL, em São Paulo

15/10/2019 09h12Atualizada em 15/10/2019 10h35

Apontado pela polícia como um dos chefes do tráfico no Engenho Novo e Bonsucesso, no Rio de Janeiro, Fábio Pinto dos Santos, conhecido com Fabinho São João, foi preso hoje em uma operação realizada pela Polícia Civil contra lavagem de dinheiro. Além da prisão, a operação Disk-Gás cumpre oito mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas a parentes de Fabinho.

Em nota enviada ao UOL, a polícia informou que a lavagem de dinheiro era feita por meio de empresas ligadas a Fabinho São João, sendo um delas uma distribuidora de gás, localizadas em Manguinhos e Jacaré. "De acordo com as investigações, um sobrinho de 'Fabinho São João' movimentou em sua conta a quantia de quase R$ 1 milhão no período de 18 meses", diz o comunicado.

A polícia também não descarta a participação de outras pessoas de fora da família "que podem também estar sendo usadas como 'laranjas', emprestando suas contas bancárias para serem utilizadas como contas de passagem".

"'Fabinho São João' é investigado sob a acusação de ser um dos chefes do tráfico de drogas no Morro São João, no Engenho Novo, e na comunidade de Manguinhos, em Bonsucesso", informou a Polícia Civil. "Ele é considerado um dos principais líderes da maior facção criminosa do estado e contra ele havia três mandados de prisão por crimes como homicídio e associação para o tráfico de drogas". Seu nome estava na lista de Procurados pela polícia.

Ele foi preso em uma casa em Itaboraí, onde estava com a mulher, e não resistiu à prisão, segundo informou a TV Globo.

A operação é feita por meio do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) com apoio da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível) e da Superintendência de Fiscalização (Sufis) da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

O UOL entrou em contato com a defesa de Fabinho São João, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.