Menino de 3 anos morre com sinais de maus-tratos; mãe e madrasta são presas
Um menino de três anos morreu com sinais de maus-tratos em Nova Marilândia (MT), a 252 km de Cuiabá. Segundo o boletim de ocorrência, o garoto já chegou sem vida ao Pronto Atendimento, levado pela madrasta Fabíola Pinheiro Bracelar, 22 anos. A criança apresentava diversos hematomas e escoriações pelo corpo, além de uma fratura no fêmur, de acordo com o B.O.
Após deixar o garoto no atendimento, Fabíola saiu da unidade de saúde. A Polícia Militar foi acionada e passou a procurá-la. Ela e a companheira, mãe do menino, Luana Marques Fernandes, 25, foram encontradas na rua de casa. As duas foram presas sob suspeita de homicídio doloso (quando há intenção de matar), maus-tratos e omissão de socorro. Fabíola nega as acusações; Luana ainda não se manifestou.
Segundo o comandante do núcleo da PM, sargento Idemar da Silva Pereira, a mãe e a madrasta demonstraram "total frieza" ao serem informadas da morte do menino.
"Também omitiram os fatos, mentindo. A fratura que ele tem no fêmur, que já foi tratada, ela alega que foi no futebol. Os hematomas ela alega que foi queda de bicicleta. Aí foi descoberto que as fraturas ocorreram porque ela (Fabíola) prensou a criança no portão com o carro, em setembro deste ano, quando veio a fraturar o fêmur, e os demais hematomas são por espancamento. O guri também apresentou costela quebrada", disse o oficial.
Para os PMs, Fabíola negou as agressões e afirmou que a criança estava deitada, começou a gritar de dor e a passar mal. Em seguida, ela levou o menino para o Pronto Atendimento. Já a mãe da criança ficou em silêncio.
Testemunhas relataram à polícia que a criança era "constantemente" agredida, conforme o boletim de ocorrência. "A criança, pelo jeito, é torturada há muito tempo", afirmou o comandante da PM.
Outro filho de Luana, de 8 anos, foi encontrado em situações precárias de higiene e, segundo a polícia, precisou levar um banho no quartel da PM.
Procurada pelo UOL, a Polícia Civil informou na manhã de hoje que o delegado Marcelo Henrique Maidame está em deslocamento para a cidade, onde vai ouvir as duas suspeitas. Segundo o órgão, não há previsão para os procedimentos serem concluídos.
O pai do garoto não morava mais com o menino, mas segundo o B.O., tinha conhecimento das agressões cometidas pela mãe e a madrasta. Ele também é considerado suspeito. Quando o garoto sofreu a fratura no fêmur, o homem levou o filho para Cuiabá para tratamento médico. Na época, um médico disse que a lesão na perna não era em decorrência de queda em partida de futebol, mas por atropelamento, pois o osso estava quebrado em várias partes.
A Polícia Civil não informou se as duas mulheres estão sendo acompanhadas por um advogado ou por um Defensor Público.
O corpo do menino, segundo a PM, foi encaminhado para a cidade de Diamantino (MT) para autópsia.
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