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Polícia investiga pastor suspeito de assediar adolescentes em BH; ele nega

Fachada da Igreja Batista Getsêmani - Reprodução/Google Street View
Fachada da Igreja Batista Getsêmani Imagem: Reprodução/Google Street View

Marcellus Madureira

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

24/12/2019 14h58

Um pastor de uma das maiores igrejas de Belo Horizonte está sendo investigado pela polícia por suspeita de assédio a duas adolescentes menores de idade, de 14 e 17 anos, e uma jovem de 18 anos.

Segundo a Polícia Civil do estado, o pastor da Igreja Batista Getsêmani pode ser acusado de importunação sexual e até de estupro, dependendo da conclusão do inquérito. O nome do pastor é Jerusan Batista Queiroz, de acordo com a igreja. Tanto o religioso quanto a Getsêmani negam as acusações. A instituição afastou o pastor de suas atividades enquanto aguarda o esclarecimento do caso.

O boletim de ocorrência relata a acusação feita pela adolescente de 17 anos. O pastor teria ido à casa dela na sexta-feira (20), feito insinuações sexuais e tocado partes do seu corpo, como seios e perna. A jovem disse ter questionado a atitude do pastor, que então teria dito ter sentimentos por ela há bastante tempo.

As outras duas garotas relatam situações semelhantes. A polícia informou ter ouvido as vítimas com o acompanhamento de um psicólogo.

Pastor nega as acusações

Procurado pelo UOL, o pastor se manifestou por meio de seu advogado, Hudson de Oliveira. Ele negou as acusações e as classificou como "fofoca".

"A informação é falsa, o fato não existiu. Vamos demonstrar isso com tranquilidade", afirmou o advogado. "O pastor está sereno, sabe o que está acontecendo. É uma fofoca muito grande. Vamos apurar com cautela e responsabilidade tudo que está acontecendo."

Igreja diz que "não acoberta pecado"

O presidente da Igreja Getsêmani, pastor Jorge Linhares preferiu não conversar com a reportagem e afirmou que todos os esclarecimentos foram prestados em sua conta no Instagram.

Na postagem na rede social, o pastor disse que "o pastor Jerusan está comigo há 23 anos, tem esposa e três filhos e nunca houve uma agulha sequer de alguém acusando [algo] na vida dele".

Linhares disse ainda que a igreja "não acoberta nenhum pecado" e defendeu que, se o pastor tiver errado, deverá ser "disciplinado e restaurado".

"No Brasil, primeiro se acusa e depois a pessoa tem que se defender. A igreja tem 50 mil membros, fora os familiares. Somos 300 pastores na igreja. Então é uma igreja que tem uma representatividade muito grande em Belo Horizonte. Não queremos injustiça."

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