Médico cubano morre de coronavírus após trabalhar na linha de frente no MA
Carlos Madeiro
Colaboração para UOL, em Maceió
21/08/2020 12h09
O médico cubano Noel Fonseca, 51, que atuava no enfrentamento à covid-19 em Arari (MA), morreu na última quarta-feira em um hospital de São Luís.
Fonseca estava no interior do Maranhão desde que veio para o Brasil, em 2015, no programa Mais Médicos. Ele decidiu ficar em Arari, mesmo após a convocação do governo cubano, no final de 2018, para retorno dos profissionais após o rompimento do acordo entre os países depois da eleição de Jair Bolsonaro à presidência.
A morte de Fonseca foi lamentada por autoridades e moradores da cidade, que admiravam o trabalho do médico.
"O doutor Noel enfrentou muitas barreiras para ficar em Arari, estava vencendo todas, mas apareceu mais uma vez esse vírus para acabar com o sonho de Noel. Mas nós, ararienses, vamos lembrá-lo pela contribuição que deu para nosso povo, nenhum momento fugiu de sua responsabilidade e seu juramento como médico, deu sua vida para salvar a vida de muitos", comentou Zeca Martins, que se identificou como amigo do médico em seu Facebook.
O Maranhão registra 3.315 mortes e 141.860 casos oficiais por coronavírus, de acordo com dados divulgados na manhã de hoje pelo consórcio de veículos de imprensa formado por UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra.