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Parente de família achada morta abraçada no RS: 'Eram muito unidos'

Letícia, o marido Anderson e outras três pessoas encontradas mortas Imagem: Reprodução/Fantástico

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

12/05/2024 21h29Atualizada em 12/05/2024 21h38

A auxiliar industrial Cristiane Garcia de Souza perdeu a irmã, Letícia, em um deslizamento que matou ela e mais quatro pessoas da mesma família em Roca Sales (RS). Os corpos foram encontrados abraçados.

O que aconteceu

Cristiane disse ao Fantástico, da TV Globo, que recebeu a visita de Letícia em 29 de abril. Ela estava acompanhada do marido, Anderson, também morto no deslizamento.

Irmã foi avisar sobre o mau tempo. "'Cris, vai tirar suas coisas de dentro de casa de novo, porque tá coisa feia aí'. Eu disse: 'tá nada, para, nem é pra tanto'. Antes de eles irem embora, eu falei: 'fiquem comigo aqui. Vocês vão sair nesse tempo feio que tá?' E ele disse: 'Não, nós temos que ir, temos que ir'".

Auxiliar industrial afirmou que a família era unida. "Eles se abraçaram, era a única coisa a fazer. Porque eles eram muito unidos, os cinco. Foi uma grande tragédia, a gente não estava preparado para isso. A gente nunca sabe o último adeus. Tem que priorizar bem a família".

Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, que ajuda nas buscas, informou que foram localizados abraçados: a mãe, dois filhos, entre eles uma adolescente de 13 anos, e a esposa do filho mais velho, Letícia. O patriarca da família também foi achado sem vida em um outro cômodo do imóvel.

Vítimas morreram soterradas e a casa ficou totalmente destruída. De acordo com os bombeiros, os corpos dos familiares foram retirados da terra no último dia 5. Os militares acreditam que eles já estavam mortos há alguns dias, mas o resgate demorou para chegar ao local por causa das dificuldades para acessar o terreno em que o imóvel está localizado, no interior da cidade.

Roca Sales precisará 'mudar de lugar'

Roca Sales precisará construir casas em novos bairros. De acordo com o prefeito da cidade, Amilton Fontana (MDB), não adianta reerguer os prédios públicos e as moradias da população nos mesmos endereços de antes, porque há riscos de serem destruídos novamente em novas enchentes.

A cidade é uma das mais atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Nos últimos oito meses, o município enfrentou três grandes eventos climáticos ligados a fortes chuvas.

Estimativa de que até 50% da cidade mude de endereço. Prefeitura deverá fazer um estudo para identificar uma área segura para construir novas habitações e prédios públicos, como escolas, indústrias, hospital e a sede da gestão municipal.

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