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Vídeo pornô é exibido para alunos de 11 anos no DF; escola fala em hackers

Crianças de escola no Distrito Federal assistiam aula online quando plataforma foi invadida por vídeo impróprio  - Ilana Panich-Linsman/The New York Times
Crianças de escola no Distrito Federal assistiam aula online quando plataforma foi invadida por vídeo impróprio Imagem: Ilana Panich-Linsman/The New York Times

Júlia V. Kurtz

Colaboração para o UOL

06/04/2021 22h30Atualizada em 06/04/2021 22h30

Um vídeo pornográfico interrompeu a aula virtual de uma turma do 6º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga, no Distrito Federal.

Os alunos, com idade média de 11 anos, assistiram às imagens por cerca de dez minutos na tarde de hoje.

Segundo o relato do pai de um dos estudantes, que não quis se identificar, três perfis entraram na sala virtual e começaram a exibir o conteúdo, que mostrava imagens de sexo entre duas mulheres. Ainda não se sabe se os responsáveis eram alunos ou alguém com suas credenciais de acesso.

De acordo com o responsável, a aula foi invadida pelo conteúdo explícito duas vezes. Depois do ocorrido, as atividades da turma foram suspensas pelo resto do dia. Aos prestar esclarecimentos, a direção da escola disse suspeitar que alguns e-mails foram tomados por hackers.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal lamentou o episódio e pediu para que os pais que tenham qualquer tipo de informação sobre a invasão prestem queixa e forneçam as evidências para a polícia.

O órgão acrescentou ainda que todos os dados da aula, realizada na plataforma Google Sala de Aula, já foram coletados e enviados para análise.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos do Distrito Federal.

Leia a nota completa da Secretaria de Educação:

A Secretaria de Educação do Distrito Federal lamenta profundamente o episódio ocorrido no ambiente virtual do Centro de Ensino Fundamental 11, de Taguatinga, e considera abjeta a ação de exibir conteúdo inapropriado a crianças de qualquer idade, ainda mais de forma clandestina e furtiva.

A secretaria orienta os dirigentes escolares e os responsáveis de estudantes a fornecerem todas as evidências à Polícia e a prestarem queixa contra esse crime cibernético — a Diretoria de Informática já realiza a coleta dos dados do sistema Google Sala de Aula e os fornecerá aos investigadores.

Assim como espera que os responsáveis sejam prontamente identificados e punidos exemplarmente, na forma da lei.