Diretor de escola é preso por acusação de abuso contra 5 alunos em MG
O diretor de uma escola municipal de Itaúna, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso hoje sob suspeita de abusar sexualmente de pelo menos cinco alunos.
De acordo com a Polícia Civil, o homem de 33 anos, que não teve a identidade divulgada, já tem ficha por tráfico de drogas e corrupção de menores.
A polícia chegou ao diretor depois de pelo menos 15 denúncias sobre seu suposto comportamento inadequado na escola. Uma das mães inclusive teria encontrado no celular do filho imagens impróprias da criança e do suspeito juntos.
"Essa foi a principal prova que recebemos para dar início às nossas investigações. A mãe achou no celular do filho fotos e vídeos dele com o diretor. Fizemos interceptações telefônicas e contamos com o apoio do Ministério Público", detalhou o delegado Leonardo Moreira.
O responsável pela investigação explicou que o diretor era também coordenador de um projeto social na escola, em que participavam mais de 2.200 crianças. A suspeita é de que ele buscava as vítimas nesse projeto e abusava sexualmente delas, em troca de presentes.
"Ele tinha acesso a várias crianças de 12 a 15 anos e conseguia achá-las nas redes sociais. Aí começava a conversar e dava presentes, como relógios, perfumes e roupas", disse Moreira.
Com uma das vítimas, um menino que hoje tem 14 anos, os abusos foram mantidos, segundo a polícia, por 11 meses.
O delegado conseguiu a confirmação dos atos e encontrou outras quatro vítimas, todos garotos.
A Justiça de Minas Gerais decretou ontem a prisão preventiva do diretor, que foi detido enquanto andava em uma rua da cidade.
Quando detido, ele estava ao lado de um menor, de 17 anos. De acordo a polícia, o adolescente seria namorado dele e era usado como "mula" - expressão dada a quem entrega drogas - pelo suspeito.
Na casa do diretor, os agentes encontraram um notebook, um computador, uma balança de precisão usada para pesar drogas e vários pen drivers. Os objetos passarão por perícia, para verificar se há imagens das vítimas e outros arquivos que possam comprovar os abusos e o possível tráfico de entorpecentes.
O professor foi indiciado por estupro, tráfico, lesão corporal, associação para o tráfico e corrupção de menores.
O delegado acredita ainda que o homem possa ter feito mais vítimas na escola.
"A investigação vai continuar e a gente acredita que possam existir muito mais vítimas do que as cinco que identificamos. As pessoas podem denunciar", finalizou.
O acusado foi encaminhado ao presídio da cidade. Já o garoto de 17 anos que vivia como seu companheiro assinou um termo de compromisso e foi liberado sob responsabilidade de um parente maior de idade.
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